Sábado, 18 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de outubro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O dia em que se dará início às campanhas para as eleições de 2018 estão se aproximando, e com isso começa a corrida por votos e captação de recursos para a eleição de um candidato.
Muitas pessoas falam em compra de votos, mas, como no mercado e economia de uma região, para que alguém compre algum produto ou serviço, é preciso ter alguém para vender a mercadoria ou determinada tarefa.
Se não existissem pessoas dispostas a vender voto, será que teríamos alguém interessado em realizar a compra?
Antes de culparmos os políticos pelos males que vivemos hoje, devemos olhar para dentro de nós mesmos e entender como está nossa relação com a política, em quem vou votar nas próximas eleições, e conhecer a fundo o seu candidato.
No Brasil parece existir a cultura de que o Estado é responsável por prover tudo de que preciso e ainda conceder um emprego, sendo ele público ou por meio de favores por ter votado em determinado candidato.
A conta não fecha, e o Brasil que estamos vivendo hoje é a maior prova de que apenas colhemos o que plantamos.
Seguido vemos galerias das assembleias e locais de votações lotados de pessoas fazendo barulho e gritando contra decisões políticas que, em tese, afetarão a “sociedade”. Não sei vocês, mas, quando vejo as pessoas que estão ali, são aquelas mesmas que estão bandeirando para os partidos de oposição ou representando sindicatos e demais órgãos. Parece-me que, quanto mais arruaça se faz dentro dessas casas públicas, mais o povo sofrerá.
Falo da dinâmica pública que nossa sociedade construiu, que parece estar pautada na obrigatoriedade do Estado de ter de bancar as mordomias de pessoas ou determinados grupos.
Defendo a valorização do indivíduo e reforço que ele deve pensar no que é melhor para si, mas, quando depende do dinheiro público, a história deve ser bem diferente.
Não somos obrigados a pagar uma conta que não é nossa, e antes de acusar alguém por compra de votos, verifique se não é o seu que está à venda.
Consultor em segurança, empresário e associado do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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