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Condenação de Lula foi destaque na imprensa internacional

O jornal argentino La Nacion afirmou que a decisão "complica a candidatura presidencial do ex-presidente, que lidera as pesquisas de opinião para as eleições gerais de outubro próximo". (Foto: Reprodução)

A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro em segundo instância na tarde dessa quarta-feira repercutiu na imprensa internacional. A decisão dos desembargadores João Pedro Gebran Neto, relator do processo; Leandro Paulsen, revisor; e Victor Luiz dos Santos Laus, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), com sede em Porto Alegre, de manter a condenação em primeira instância, proferida pelo juiz Sérgio Moro, e de aumentar a pena para 12 anos e 1 mês em regime fechado se tornou destaque nos sites das publicações.

O jornal americano The New York Times foi uma das publicações nos Estados Unidos que repercutiu a condenação do ex-presidente Lula. Segundo o jornal, com a decisão do TRF-4 Lula sofreu um “golpe significativo” na corrida presidencial de 2018.

“A decisão foi uma vitória para os promotores no que pode ser o caso de maiores proporções no confronto entre o Poder Judiciário brasileiro e a elite política. Os promotores têm retratado o senhor Lula da Silva, que também é acusado em outros seis casos de corrupção, como um elemento fundamental do sistema político endemicamente corrupto do Brasil”, escreveu o jornal.

Na visão do Le Monde, que chama Lula de “pai dos pobres”, a decisão do TRF-4 pode “assinar a morte política do ex-chefe de Estado e é capaz de mudar a campanha presidencial em 2018 em uma situação sem precedentes”.

O espanhol El País afirmou que a decisão do TRF-4 de manter a condenação por corrupção de Lula “compromete as aspirações do político de esquerda para um novo mandato nas eleições presidenciais de outubro”. O jornal destaca a possibilidade do ex-presidente poder recorrer “para adiar a execução e ganhar tempo numa tentativa de chegar em eleições em que todas as pesquisas o colocam como o grande favorito”.

A manchete do jornal argentino Clarín afirma que esta segunda instância do tribunal coloca barreiras na estratégia do partido em alcançar dois objetivos: Primeiro, garantir a liberdade do acusado e em segundo lugar, manter sua candidatura a presidência nas eleições de outubro.

O jornal destacou a fala do juiz Leandro Paulsen, durante a audiência dessa quarta, que disse que a participação de Lula no desvio do esquema de fundos da Petrobras é “inequívoca”. O argentino La Nacion afirmou que a decisão “complica a candidatura presidencial do ex-presidente, que lidera as pesquisas de opinião para as eleições gerais de outubro próximo”.

O Washington Post também fez um registro em seu site. No texto, o jornal destaca a convicção da Corte brasileira na corrupção do ex-presidente e sobre a condenação e o fim de carreira. “Aos 72 anos conhecidos simplesmente como “Lula”, a decisão 3 a 0 coloca obstáculos potencialmente finais de carreira.”

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