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Mundo Condenações de Donald Trump impulsionaram doações para sua campanha de reeleição à presidência dos Estados Unidos

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Republicano comemora e pede a rejeição de todos os processos: "Apenas o primeira passo". (Foto: Reprodução)

Doadores canalizaram dezenas de milhões de dólares para a campanha presidencial de Donald Trump e para o Comitê Nacional Republicano (RNC) nos dias imediatamente após sua condenação em 30 de maio por 34 acusações criminais por fraude fiscal, praticamente apagando a enorme vantagem de arrecadação de fundos que a campanha do presidente Biden e o Comitê Nacional Democrata tinham.

Biden e seus grupos aliados arrecadaram mais dinheiro do que Trump ao longo da disputa pelas eleições gerais. Mas o aumento nas doações pós-condenação para Trump – capturado em parte nos relatórios de maio apresentados à Comissão Eleitoral Federal na quinta-feira (20) – tem o potencial de remodelar drasticamente a corrida presidencial.

A liderança de longa data de Biden na arrecadação de fundos permitiu que sua campanha tivesse impacto muito maior do que a de Trump e superasse significativamente o esforço do ex-presidente em publicidade de TV e rádio. Os últimos resultados da arrecadação de fundos colocam Trump em uma posição que lhe permite criar uma operação maior e veicular mais anúncios na televisão.

O quadro completo da força financeira do esforço de cada campanha não ficará claro até julho, quando os comitês deverão apresentar seus relatórios. Mas, no final de maio, a campanha de Trump e o RNC tinham um total de US$ 171 milhões em caixa, superando a campanha de Biden e o total combinado US$ 157 milhões, de acordo com os relatórios apresentados na quinta-feira.

Os assessores de Trump atribuíram o aumento das doações de maio ao desejo dos doadores de demonstrar sua lealdade ao ex-presidente após sua condenação por crimes. A campanha alegou ter arrecadado US$ 53 milhões on-line nas 24 horas após o veredicto, mas foi impossível verificar esses totais na quinta-feira porque a WinRed – a plataforma que muitos pequenos doadores usam para contribuir com as campanhas republicanas – não apresentará seu relatório da FEC para esse período até julho.

O super PAC MAGA Inc., de Trump – que tem sido o principal veículo de propaganda pró-Trump nas rádios americanas – recebeu uma doação de US$ 50 milhões do executivo do setor de transportes Timothy Mellon um dia após a condenação de Trump, dando aos aliados do ex-presidente amplos recursos para impulsionar sua mensagem em um momento em que ele está à frente de Biden em muitas pesquisas em Estados considerados chave, onde a disputa será apertada.

Os Super PACs são uma versão turbinada dos PACs (comitês de ação política, na sigla em inglês). Até 2010, os PACs eram a forma oficial que os candidatos tinham para arrecadar doações de empresas e sindicatos – já que doações diretas são permitidas apenas para as pessoas físicas, que podem dar até 2,5 mil dólares para seu favorito por eleição. Mas o poder de arrecadação dos PACs era limitado, já que eles podiam receber apenas 5 mil dólares de cada doador, incluindo empresas e sindicatos. Os Super PACs podem receber doações ilimitadas.

O super PAC de Trump planeja gastar US$ 100 milhões em mídia paga até o Dia do Trabalho [que nos EUA é a primeira segunda-feira de setembro], anunciou em um memorando recente obtido pelo The Washington Post.

A MAGA Inc. arrecadou US$ 69 milhões em maio – seu melhor mês de arrecadação de fundos do ciclo – e registrou US$ 94 milhões em dinheiro em caixa. Sua maior doação foi de US$ 50 milhões de Mellon, que já havia doado US$ 25 milhões para o grupo e US$ 25 milhões para um super PAC que apoiava o candidato independente Robert F. Kennedy Jr.

Trump e o Comitê Nacional Republicano, que começaram a arrecadar fundos em conjunto quando Trump se tornou o candidato presidencial republicano presumível, arrecadaram cerca de US$ 106 milhões em maio, mais do que seus registros mensais anteriores, de acordo com os novos registros da FEC. Biden e o comitê democrata arrecadaram um total de US$ 59 milhões, valor semelhante ao anterior.

No geral, a equipe de Biden disse que tinha US$ 212 milhões em dinheiro em 31 de maio. Além da doação de Mellon, a MAGA Inc. também recebeu US$ 10 milhões de Richard e Elizabeth Uihlein, poderosos doadores de causas conservadoras, e US$ 5 milhões de Kelcy Warren, o bilionário presidente e executivo-chefe da Energy Transfer Partners, a construtora do oleoduto Dakota Access.

O FF PAC, um super PAC independente que está impulsionando o esforço de reeleição de Biden, informou que arrecadou mais de US$ 39 milhões em maio, um aumento em relação aos meses anteriores, e gastou apenas US$ 4 milhões. Mas foi superado pelo MAGA Inc. e, pela primeira vez neste ciclo, agora tem um pouco menos de dinheiro em caixa do que o super PAC de apoio a Trump.

O ex-prefeito de Nova York Mike Bloomberg doou US$ 19 milhões para o FF PAC em 30 de maio, de acordo com os registros. Ele também doou ao Biden Victory Fund, um esforço conjunto da campanha e de outros comitês democratas, o valor máximo de US$ 929.600, de acordo com pessoas familiarizadas com as doações.

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