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Mundo Condenada em 2022 por corrupção, a ex-presidente argentina Cristina Kirchner está proibida de entrar nos Estados Unidos

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Líder peronista acusou o atual mandatário, Javier Milei, de tramar a medida. (Foto: Arquivo/Casa Rosada)

O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou nessa sexta-feira (21) que a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner está proibida de entrar nos Estados Unidos. O motivo alegado é “envolvimento em corrupção significativa durante o período em que a mandatária exerceu o cargo público” – ela chegou a ser condenada à prisão no seu país, em 2022

A decisão também afeta o ex-ministro do Planejamento argentino Julio Miguel De Vido. Segundo a imprensa de Buenos Aires, a medida se estende a Máximo e Florencia Kirchner, filhos da líder política.

“Cristina e De Vido abusaram de suas posições ao orquestrar e se beneficiar financeiramente de múltiplos esquemas de suborno envolvendo contratos de obras públicas, resultando em milhões de dólares desviados de seu governo”, diz o texto assinado pelo representando do governo do presidente Donald Trump.

A ordem foi publicada no site da Embaixada dos Estados Unidos na capital portenha, e acrescenta: “Vários tribunais condenaram ambos por corrupção, minando a confiança do povo argentino e dos investidores no futuro da nação.
Os Estados Unidos continuarão a promover a responsabilização de quem abusa do poder público para ganho pessoal. Essas designações reafirmam nosso compromisso de combater a corrupção global, inclusive nos níveis mais altos do governo”.

Após o anúncio da medida, Cristina Kirchner utilizou o seu perfil na rede social X (antigo Twitter) para disparar contra Trump e o atual presidente argentino. Segundo ela, trata-se de uma retaliação que partiu de um pedido direto de Javier Milei, seu adversário político e líder latino-americano alinhado ao atual comando dos Estados Unidos.

“Você não conseguiu se conter e saiu postando imediatamente, deixando todos os sinais de que foi um pedido seu”, escreveu a ex-presidente da Argentina, referindo-se a Milei, que em novembro do ano passado foi o primeiro líder estrangeiro a se encontrar com Trump após a vitória do bilionário republicano na eleição presidencial norte-americana.

Entenda

Cristina Kirchner foi presidente da Argentina de 2007 a 2015, após suceder a seu marido, Néstor Kirchner (1950-2010). Após a morte do parceiro, ela se tornou a principal figura do peronismo, ala política vinculada ao movimento trabalhista. Já Julio Miguel de Vido foi ministro do Planejamento e de Investimento Público desde a gestão Néstor, de 2003 a 2015.

A ex-mandatária não conseguiu fazer seu sucessor ao deixar a Casa Rosada, que passou a ser ocupada pelo neoliberal Mauricio Macri. Ela retornou ao poder, contudo, como vice de Alberto Fernández, que governou de 2019 a 2023 –no meio do mandato, porém, os dois romperam politicamente.

Cristina Kirchner responde por corrupção, juntamente com De Vido, em pelo menos um processo, no qual ela já foi condenada em duas instâncias — ela recorreu à Suprema Corte.

Cristina Kirchner foi condenada a seis anos de prisão em 2022 por favorecer o empresário Lázaro Báez, um empreiteiro da região de Santa Cruz (a província onde os Kirchner começaram sua vida política) que conseguiu 51 contratos para obras públicas.

A sentença foi mantida por um tribunal de apelações em 2024, mas ela recorreu à Suprema Corte.

Ela foi inocentada da acusação de associação ilícita.

A ex-presidente foi acusada de chefiar uma associação criminosa e de administração fraudulenta durante o período em que Néstor Kirchner foi presidente (de 2003 a 2007) e durante as gestões da própria Cristina (de 2007 a 2015).

De acordo com a acusação, essa organização cometeu fraudes que tiraram US$ 1 bilhão do Estado. Além da ex-presidente, foram julgadas outras 12 pessoas. A lista inclui:

– Lázaro Báez, empresário;
– Julio de Vido, ex-ministro;
– José López, ex-secretário;
– Nelson Pieriotti, ex chefe do departamento de obras;

Os procuradores argumentaram que havia o seguinte esquema criminoso: Lázaro Báez tinha uma empreiteira que, na verdade, se dedicava a tirar dinheiro do Estado argentino; essa empresa conseguia contratos para fazer obras públicas; foram 51 obras para as quais ela foi contratada. Várias delas tiveram estouros de orçamento e algumas não foram concluídas; assim que acabou o segundo mandato presidencial de Cristina, em 2015, a empresa desapareceu.

(com informações de O Globo)

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