Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2024
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco-MPRS) prendeu em Porto Alegre, nessa quinta-feira (14), um homem sentenciado a 28 anos de cadeia por homicídio. Alvo de mandado judicial, ele fugiu de carro ao perceber a presença de agentes, mas acabou encurralado na Vila Cruzeiro (Zona Sul), após perseguição.
Trata-se do comparsa de um ex-policial civil preso no mês passado em Gravataí (Região Metropolitana da Capital). Ambos foram condenados em 2019 por envolvimento na morte e destruição do cadáver de apenado que estava foragido, no início da década de 2000.
Conforme o processo, a dupla praticava extorsão (chantagem mediante pagamento) contra o foragido e seus familiares. Eles eram obrigados a pagar valores em dinheiro ou veículos para não entregá-lo às autoridades. Após um desacerto entre as partes, no entanto, acabaram executando a vítima, com a ajuda de uma pessoa até hoje não identificada.
Farroupilha
O Ministério Público gaúcho encaminhará recurso à Justiça para que seja ampliada a sentença de um réu condenado na quinta-feira (12) em Farroupilha (Serra Gaúcha), por tentativa de homicídio duplamente qualificado contra três policiais civis. Na avaliação dos promotores, a pena de 11 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado é incompatível com a gravidade do crime.
Em 20 de junho de 2023, o homem de então 55 anos atirou contra três agentes que cumpriam mandado de prisão contra ele por envolvimento em furtos de tratores na região. Ele estava em casa e fugiu, disparando contra o trio, mas foi capturado após perseguição.
“Todas as teses da acusação foram acolhidas, são três tentativas de homicídio agravadas pelo fato de que o ataque foi motivado pela busca de impunidade em relação a outro delito e contra agentes de segurança em serviço”, salienta o promotor Rodolfo Grezzana, que atuou em plenário. “Estamos satisfeitos com a condenação, mas recorreremos para aumentar a pena porque é importante destacar que as vidas dos policias importam.”
Alegrete
Executor e mandante da morte de um jovem foram condenados, em Alegrete (Sudoeste gaúcho), à pena máxima de 30 anos de cadeia por homicídio doloso (intencional) qualificado. Ambos já estão presos pelo crime, cometido na virada de 2022 para o ano passado e que teve motivação relacionada ao tráfico de drogas.
Foram considerados agravantes o motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, de 20 anos de idade e que tombou em uma rua da cidade após ser atingida por seis tiros. Conforme a denúncia do MPRS, o rapaz havia trabalhado na venda de entorpecentes para o autor intelectual da execução, mas decidiu abandonar a atividade.
Ele passou a namorar uma garota residente na área de domínio de outro grupo criminoso e passou a frequentar a região. Pensando que o jovem estava trabalhando para o rival, seu antigo “patrão” ordenou a sua morte.
(Marcello Campos)