Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2018
Cristian Cravinhos, um dos autores do assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, foi preso na madrugada desta quarta-feira (18) por porte ilegal de arma de fogo, por agredir uma mulher e tentar subornar policiais em Sorocaba (SP).
De acordo com a Polícia Militar, a equipe foi acionada para atender uma ocorrência de briga de casal no bairro Trujillo, mas quando os policiais chegaram ao local encontraram apenas uma moto. Os PMs fizeram buscas nas imediações e acharam o casal que estaria brigando. Segundo a polícia, ao ser abordado, Cristian se apresentou como “um dos irmãos Cravinhos”.
Ele teria oferecido R$ 1 mil para não ser preso e disse que o irmão, Daniel, viria da capital com mais R$ 2 mil para dar aos policiais. Cristian foi flagrado com dinheiro, um revólver e munição de uso exclusivo do Exército. Ele foi preso em flagrante. A mulher que estava com ele foi liberada.
Regime aberto
Na época do assassinato do casal von Ricthtofen, em 2002, o irmão de Cristian, Daniel Cravinhos, era namorado de Suzane. O trio planejou e assassinou Manfred e Marísia Richthofen na casa da família, na Zona Sul de São Paulo. Os pais de Suzane eram contra o namoro da filha com Daniel Cravinhos.
Suzane von Richthofen e os irmãos Cravinhos foram submetidos a júri popular em 2006. Suzane foi condenada a 39 anos de reclusão em regime fechado e seis meses de detenção no semiaberto, além de multa; Daniel, a 39 anos e seis meses, no mesmo regime da ex-namorada.
Cristian foi condenado a 38 anos e seis meses em regime fechado, mas deixou a penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP), em agosto de 2017, após ser autorizado pela Justiça a cumprir o restante de sua pena em regime aberto. A decisão foi da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté. Na época, a Vara justificou o benefício a Cristian por ele não ter cometido falta disciplinar e ter demonstrado bom comportamento carcerário no regime semiaberto.
Daniel Cravinhos também conseguiu o mesmo benefício em janeiro deste ano, quando deixou a penitenciária em Tremembé (SP) para cumprir o restante da pena em liberdade.
Crime
Os corpos do casal Richthofen foram encontrados na madrugada de 31 de outubro. Eles foram mortos na mansão onde viviam, na rua Zacarias de Góes, Brooklin. O casal foi assassinado com pancadas na região da cabeça. Os corpos do engenheiro Manfred, naturalizado brasileiro e diretor da Dersa, e da mulher, a psiquiatra Marísia, foram encontrados na cama pelos filhos por volta das 4h.
O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto. Marísia estava com um saco plástico na cabeça. Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada. A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados. O assassinato do casal chocou o País.