Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2018
O ICI (Índice de Confiança da Indústria), divulgado nesta segunda-feira (29) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), fechou janeiro em 99,4 pontos, estável em relação ao mês anterior, quando havia registrado o maior nível desde janeiro de 2014 (99,6). Na métrica de médias móveis trimestrais, o ICI manteve a tendência de alta, ao avançar 1,2 ponto, para 98,8 pontos.
“A estabilidade do ICI em janeiro resulta de movimentos de melhora das avaliações do setor sobre a situação atual, piora das expectativas e estabilidade do nível de utilização da capacidade instalada. Essa combinação mostra que, apesar da evolução favorável dos meses anteriores, o ainda elevado grau de incerteza econômica torna o setor inseguro quanto à velocidade de recuperação da economia nos próximos meses”, afirma Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV.
Maioria dos segmentos registrou alta
Mesmo com a estabilidade da confiança industrial, 12 dos 19 segmentos industriais apresentaram alta. O ISA (Índice da Situação Atual) subiu 2,4 pontos, para 100,9 pontos, o maior desde setembro de 2013 (102,4). Já o IE (Índice de Expectativas) caiu 2,4 pontos, para 98 pontos, retornando ao mesmo nível de novembro do ano passado.
A melhora na percepção sobre os estoques foi o principal fator a contribuir para a evolução do ISA em janeiro. A parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente caiu de 5,6% para 5,4% do total, mas a parcela das que o consideram excessivo diminuiu em maior proporção, de 9,1% para 8% do total.
A principal contribuição para a queda do IE no mês foi das expectativas em relação à evolução do total de pessoal ocupado nos três meses seguintes. Houve queda da proporção de empresas prevendo aumento no volume de pessoal, de 19% para 17,8% do total, e diminuição da proporção das que esperam redução, de 12,5% para 12,3% do total.
Assim como ocorreu com o ICI, o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) ficou estável entre dezembro e janeiro, em 74,7%, o maior desde dezembro de 2015 (75,0%). Na métrica de médias móveis trimestrais, o Nuci avançou 0,1 ponto percentual, também para 74,7%.
Confiança da construção
O ICST (Índice de Confiança da Construção) da Fundação Getulio Vargas subiu 1,5 ponto em janeiro de 2018, para 82,6 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015 (85,4 pontos) .
A alta do ICST em janeiro deveu-se exclusivamente às perspectivas de curto prazo do empresariado: o IE-CST (Índice de Expectativas) avançou 3,3 pontos, atingindo 95,9 pontos. Os dois quesitos que compõem o subíndice cresceram, com destaque para o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que variou 5 pontos na margem, para 98,2 pontos.