Um morcego coletado em uma residência no bairro São Geraldo, na Zona Norte de Porto Alegre, em outubro, teve resultado positivo em exame para infecção pelo vírus da raiva. Com isso, subiu para três o número de morcegos com a doença na Capital neste ano, entre as 140 coletas realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11). Os outros dois casos foram registrados nos bairros Teresópolis, em abril, e Ipanema, em maio, ambos na Zona Sul.
Em 2021, foram confirmados quatro casos de morcegos positivos para raiva entre os 118 animais recolhidos pela Diretoria de Vigilância em Saúde. Os animais têm amostras coletadas e enviadas ao Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor para exame virológico. Os quatro casos positivos no ano passado foram de morcegos apreendidos nos bairros Teresópolis, Bom Fim, Tristeza e Santana.
Os morcegos hematófagos são contaminados com o vírus da raiva ao morder ou lamber um animal infectado. Os não hematófagos – mais comuns no ambiente urbano – podem ser infectados ao compartilharem o mesmo abrigo com os morcegos hematófagos portadores do vírus da raiva, ou mesmo, ao disputarem território com esses morcegos. Os morcegos não hematófagos infectados podem transmitir acidentalmente a doença à espécie humana e a outros animais quando encontrados vivos, mortos ou prostrados.
A transmissão do vírus do morcego para outro animal ocorre pela saliva. Morcegos caídos no chão podem ser alvo da curiosidade de animais domésticos. Por isso, é essencial que os tutores de cães ou gatos mantenham atualizada a carteira vacinal do seu pet. A vacina contra raiva é oferecida na rede privada e deve ser feita uma vez por ano.
Caso encontre um morcego caído ou dentro de casa durante o dia, em estado de prostração, a notificação deve ser feita para a Secretaria de Saúde, à Equipe de Vigilância de Antropozoonoses, via Serviço 156, durante 24 horas, ou pelo telefone (51) 3289-2459, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.