A partir deste sábado (4), integrantes da IFAB (International Football Association Board), irão se reunir em um evento em Londres para discutir alterações nas regras do futebol, que podem entrar em vigor ainda neste ano. Uma delas é a possibilidade de o jogo adotar o cronômetro com pausas, como acontece no basquete, por exemplo. No duelo entre Botafogo e Sergipe pela Copa do Brasil, quando o clube carioca conquistou a classificação ao marcar um gol próximo da marca dos 55 minutos do segundo tempo, a discussão sobre os acréscimos novamente entrou em pauta. Entenda o que propõe a IFAB.
Desde a Copa do Mundo do Catar, a Fifa orienta aos árbitros para considerar um tempo de acréscimo maior, e os jogos que passavam dos 10 minutos extras em cada etapa foram frequentes na competição. O objetivo é de atingir, pelo menos, a marca de 65% do tempo com a bola rolando, índice que não é alcançado por causa a demoras no final das jogadas. O tempo de reposição em um tiro de meta, as discussões entre árbitros e jogadores, as comemorações de gols que se estendem consideravelmente são levadas em conta nos acréscimos, mas a Fifa ainda considera o tempo extra insuficiente para compensar todas as pausas.
Assim, uma das propostas é que o futebol adote o sistema de tempo com pausa do cronômetro toda vez que uma jogada é finalizada, algo que acontece em esportes como o basquete e o futsal, por exemplo. O tempo total do jogo, neste caso, seria reduzido, de modo a equilibrar a quantidade de minutos jogados, e pegando como base os 65% de bola rolando desejado pela Fifa, as partidas teriam um tempo total próximo dos 60 minutos.
No encontro, a organização vai debater ainda a proibição da pressão realizada por goleiros contra os cobradores de pênaltis e alterações na regra do impedimento.
Empate e revolta
O empate causou uma revolta enorme na equipe do Sergipe, inclusive com a entrada de dirigentes no gramado. O árbitro Bráulio da Silva Machado foi agredido pelo presidente do clube Ernan Sena e a situação só não ficou pior porque a Polícia Militar isolou o juiz e seus auxiliares.
Um dos auxiliares ainda acertou o mandatário do time sergipano com a bandeirinha. Sena teve os óculos atirados longe e ficou sangrando.
Em seguida, outros dirigentes do Sergipe invadiram o campo e tentaram bater no técnico do Botafogo, Luís Castro. Torcedores arremessaram objetos para dentro do campo.
Mas a invasão ao campo gerou uma confusão que envolveu outros jogadores do clube sergipano, que apareceram para tentar segurar o dirigente em fúria. Mas neste momento, outras pessoas ‘estranhas ao jogo’ também rodearam o trio de arbitragem na tentativa de agressão.
Uma barreira com cerca de 15 policiais impediu qualquer aproximação dos agressores ao trio de arbitragem. O árbitro Bráulio da Silva Machado, de 43 anos, é experimente e filiado à Federação Catarinense, auxiliado por dois auxiliares também de Santa Catarina: Alex dos Santos, de 37, e Henrique Neu Ribeiro, de 35 anos.
Outras pessoas não ligadas ao jogo também estavam dentro de campo, inclusive, foram registradas nas imagens a presença de duas mulheres e de uma criança, possivelmente, parentes do agressor. O clima ficou tenso e as duas comissões técnicas chegaram a discutir. Neste momento já estavam em campo vários seguranças dos dois clubes. Foram trocados gritos, ameaças e empurrões até a chegada da “turma do deixa disso”. As informações são dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.