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Congresso agora custa R$ 38 milhões por sessão

(Foto: Divulgação)

Antes mesmo do indecoroso reajuste salarial de deputados e senadores, que vai chegar a R$ 46,3 mil em 2025, o parlamento brasileiro já figurava entre os mais caros do mundo, atrás apenas do Congresso dos Estados Unidos, país bem maior e muito mais rico, com meios para suportar esse custo. Por aqui, a média de cada sessão deliberativa das duas Casas Legislativas tem o custo de R$ 38.335.634,50. É um valor elevado para poucas sessões: em 2021 foram 100 no Senado e 161 na Câmara.

Marcha lenta
No Senado, mesmo com sessões remotas liberadas, nenhum mês teve mais do que 11 sessões deliberativas.

Jeitinho
A Câmara tem números um pouco melhores, mas há dias que várias sessões são iniciadas e imediatamente finalizadas. Ao todo, foram 161.

Nada produz
O parlamento brasileiro levou, em 2021, mais de R$ 10 bilhões, mais do que muitos estados receberam da União, como Mato Grosso (R$ 8,4 bi).

Custo unitário
Distribuído o orçamento por parlamentar, a conta fecha em R$ 10,2 milhões por deputado e R$ 58,4 milhões por senador.

Tebet sofre veto do próprio MDB para virar ministra
Lula (PT) reúne toda paciência do mundo e muita habilidade para tentar acomodar uma situação difícil: encaixar a senadora Simone Tebet. O MDB quer vários ministérios, mas não tem cacife para tanto. A maior dificuldade, no entanto, é o veto da parte do MDB que apoiou Lula já no 1º turno. A avaliação é que a senadora já está no lucro: disputou o Planalto para não ter que enfrentar Tereza Cristina, eleita com folga para sua vaga. E o apoio de Tebet no 2º não deu a Lula os votos imaginados.

Ela não aceitou
Os lulistas do MDB tentaram, sem êxito, impedir a candidatura de Tebet a presidente a fim de que o partido apoiasse Lula desde o início.

Renan não perdoa
Há também pendências pessoais como a de Renan Calheiros, que não perdoa o papel decisivo de Tebet em sua derrota para Davi Alcolumbre.

Disputa acirrada
Se o MDB terá ministério, o alagoano quer emplacar Renan Filho na vaga. E ainda apoia pretensão idêntica do senador Eduardo Braga (AM).

Petrobras ladeira abaixo
O especialista Adriano Pires está impactado com a perda de valor da Petrobras: desde a vitória de Lula no 2º turno, a estatal já desvalorizou mais de R$ 200 bilhões. Desvalorizou mais de uma PEC Fura-Teto.

Apostas abertas
Com o anúncio oficial de 16 ministros para compor a Esplanada de Lula a partir de 2023, já começaram as apostas para quem será o primeiro, ou primeira, a cair. Filiados ao PT devem ter vida um pouco mais longa.

Levando na lábia
Lula deixou em banho-maria a nomeação de aliados, como Marina Silva e Simone Tebet. Priorizou gente do PT e puxadinhos, tipo PCdoB. No anúncio desta quinta, disse para a turma “aguardar”.

Outro tipo de doutora
Futura ministra da Saúde de Lula e presidente da Fiocruz, Nísia Trindade não é médica. Formou-se em Ciências Sociais, fez mestrado em Ciência Política e doutorado em Sociologia. Por isso pode chamar de “doutora”.

Subiu no telhado
Ficou feio para o petista Rui Costa (Casa Civil). Desinformado, ele andou dizendo que sairia ontem o futuro ministro do Planejamento. Não sabia que o anúncio subiu no telhado após confusão entre MDB e União.

Toma lá, dá cá
O anúncio dos novos ministros do futuro governo Lula não passou batido pela oposição. O deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP) disparou: a velha política foi ressuscitada, a política do toma lá, dá cá.

Diálogo farto
Para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a promulgação da PEC que deu um cheque de quase R$ 200 bilhões para o futuro governo Lula “celebra a vitória do diálogo”.

Lá como cá
O Senado dos Estados Unidos aprovou orçamento de US$ 1,7 trilhão (R$9 trilhões, mais que o PIB do Brasil) para bancar as despesas públicas em 2023. Mais da metade do bolo será dedicada à “Defesa”.

Pensando bem…
… já houve um tempo em que apoio político em troca de cargos causava espanto e tinha outro nome.

PODER SEM PUDOR

Vingança petista
Convidado pelo ministro José Dirceu para auxiliar na escolha de nomes para o primeiro governo Lula, o secretário de Organização do PT, Silvio Pereira, não era conhecido de boa parte da equipe econômica, de origem tucana. Certa vez, ele provocou uma reunião com o presidente do Banco do Brasil para tratar de posições, inclusive no fundo de pensão Previ, mas Cássio Casseb não lhe deu a menor bola. Não o conhecia. Sílvio se levantou e foi embora. Quando já estava na garagem do prédio, foi alcançado por Casseb, finalmente informado quem era Sílvio Pereira. Mas o petista se vingou: “Agora sou eu quem não quer falar com o senhor.” Entrou no carro e foi embora.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br

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