Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2020
Martín Vizcarra durante defesa no Congresso peruano.
Foto: Presidência PeruO Congresso peruano aprovou nesta segunda-feira (9), a destituição do presidente do país, Martín Vizcarra, por “incapacidade moral”. Foi o segundo julgamento político em menos de dois meses, depois de denúncias de que ele teria recebido propina quando governador, em 2014.
A moção para a destituição do presidente peruano ultrapassou os 87 votos necessários no Congresso e alcançou 105 votos a favor, entre 130. O chefe do Congresso, Manuel Merino, deve assumir as rédeas do governo até o fim do atual mandato, que termina em 28 de julho de 2021.
Vizcarra, de 57 anos, havia superado uma votação anterior que visava afastá-lo em setembro, quando 32 dos 130 parlamentares votaram por sua saída, e uma tentativa de suspendê-lo em 2019.
Ele negou as alegações “infundadas” de que aceitou propinas de empresas que obtiveram contratos públicos quando ele era governador de Moquegua, região do sul do Peru. Vizcarra acusou o Congresso de “brincar com a democracia”.
No processo anterior, ele foi acusado de pressionar duas funcionárias do palácio de governo a mentir sobre um questionado contrato com um cantor.
No domingo, Vizcarra havia declarado em comunicado ser “atacado de maneira sistemática (…)”, e já afirmava não ter cometido ato de corrupção. Nele, o político também afirmou que seus acusadores “estão gerando instabilidade política”.
Vizcarra, como seu antecessor, Pedro Pablo Kuczysnki (2016-2018), não pôde completar seu mandato, tendo sido forçado a renunciar por pressão do Parlamento.