O Congresso Nacional retoma nesta terça-feira (1º) os trabalhos, após um período de recesso informal. Deputados e senadores devem mirar a conclusão de votações importantes na área econômica.
Estão na lista de projetos prioritários a reforma tributária, o novo marco fiscal e as alterações em regras de julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
As sessões plenárias da Câmara e do Senado ainda não foram convocadas, mas costumam ser realizadas às terças, quartas e quintas-feiras. Os deputados também podem deliberar remotamente às segundas e sextas.
Além das pautas previstas para o plenário das duas casas, as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), como a dos Atos de 8 de Janeiro e a das Americanas, voltam às atividades com depoimentos.
Ainda nesta semana, a Câmara deve instalar uma comissão especial para analisar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que anistia partidos políticos por não cumprir cotas a mulheres e negros. O texto também perdoa irregularidades em prestações de contas.
Também podem ser levados à votação neste segundo semestre projetos enviados pelo governo durante o recesso. O Planalto já anunciou pacote para impulsionar o crédito aos estados, regulamentar apostas esportivas e endurecimento de penas em crimes contra o Estado Democrático de Direito e escolas.
Prioridades
Alinhado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o governo pretende aumentar a base de apoio político no Congresso e ganhar mais força em negociações de pautas de interesse do Planalto.
O governo pretende negociar e trocar comandos de ministérios para elevar o número de aliados.
Durante o recesso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início à acomodação de pedidos das siglas do chamado Centrão. O deputado Celso Sabino (União-PA) foi nomeado ao comando do Ministério do Turismo.
Lula já sinalizou que novas trocas devem ocorrer somente em agosto, com o término do recesso parlamentar.
Entre as prioridades do Planalto neste segundo semestre estão: concluir a reforma tributária; aprovar propostas consideradas fundamentais para a economia, como o “Desenrola Brasil”, a nova política de salário mínimo e a isenção do Imposto de Renda; aprovar o marco regulatório do crédito de carbono e transição ecológica; e aprovar projeto que trata sobre a retomada de obras na educação.