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Conheça as novidades do esqui na Costa Leste dos Estados Unidos

Resort de esqui de Killington, em Vermont, na Costa Leste dos Estados Unidos. (Foto: Caleb Kenna/The New York Times)

Apesar dos volumes medíocres de neve do ano passado, a região nordeste dos Estados Unidos (EUA) recebeu mais de 13 milhões de esquiadores, número mais alto dos últimos oito anos. Boa parte desse interesse é resultado, sem dúvida, da popularização dos passes reutilizáveis em várias montanhas, com os praticantes aproveitando as nevascas de fim de temporada e novidades como máquinas de neve e os investimentos em infraestrutura.

1. Vermont: As estações de esqui lotam as colinas e montanhas de Vermont, e vão desde instalações com um único teleférico como Brattleboro Ski Hill até Killington, com uma área equivalente a 0,6 hectare que se estende por seis picos. A topografia — com muitos pontos acima dos 1.200 metros — cria as melhores condições de neve da região; o mesmo vale para a geografia, com a serra setentrional, correndo paralela ao Lago Champlain, onde estão algumas das maiores altitudes do estado e os maiores volumes de neve da costa oriental: Stowe, Smugglers’ Notch e Jay Peak, com uma média superior a sete metros e meio por inverno.

Mas mesmo ali a produção artificial se faz necessária. No extremo norte, o Burke Mountain investiu em uma nova tubulação e aumentou a pressão da água para melhorar a geração de neve; o mesmo vale para Mad River Glen, cujo estatuto de cooperativa permite a fabricação de neve somente nos 215 metros inferiores do paredão de 620 metros.

De uns anos para cá, Vail e Alterra, dois conglomerados do Colorado, adquiriram várias das montanhas mais conhecidas da Costa Leste e estão usando as vendas do passe reutilizável para estimular a fabricação de neve nessas propriedades.

No sul e no centro do estado, onde a neve natural não é tão abundante, o Okemo já tem 98% de seu terreno coberto pela produção artificial. A Bromley Mountain e Killington também melhoraram seus níveis, enquanto a Pico Mountain reformou o abrigo dos canhões, duplicando o fluxo e instalando outros 25. A Magic Mountain, além de instalar o tão aguardado teleférico para quatro pessoas, dobrou a capacidade de produção de neve. Stratton investiu US$ 6,9 milhões na baixa temporada para melhorar a área para principiantes, alterando a classificação das encostas, instalando novos teleféricos de superfície e portões com identificação por radiofrequência.

2. Maine: O Maine não tem o mesmo volume de neve que Vermont, mas possui montanhas com excelente formato e quedas verticais significativas para a Costa Leste.

Sunday River, uma das montanhas mais populares dali, agora conta com mais de três quilômetros de tubulação para a produção de neve como parte da iniciativa que triplicou o volume de água disponível para o Jordan Bowl. O novo teleférico Barker 6, com capacidade para seis esquiadores em cada assento (aquecido!), se movimentará com uma velocidade 30% maior do que a do antigo. A Sugarloaf terá mais 48,5 hectares de espaço com um teleférico quádruplo de alta velocidade chamado Bucksaw Express.

3. New Hampshire: New Hampshire talvez tenha a área backcountry (fora dos limites da estação) mais famosa da América do Norte: Tuckerman Ravine, no Mount Washington, mas também efetuou várias melhorias pensando naqueles que preferem pegar o teleférico.

O Attitash Mountain Resort está substituindo o Summit Triple pela versão de quatro lugares de alta velocidade, o Mountaineer, que vai reduzir o tempo de subida de 18 minutos para oito. O novo teleférico da Loon Mountain, o Timbertown Quad, servirá 12 hectares da nova área para iniciantes e intermediários, praticamente toda coberta por neve artificial produzida automaticamente.

O Cranmore Mountain Resort vai inaugurar o Fairbank Lodge, com uma área de 2.700 m², e um bar na encosta. O Mount Sunapee, da Vail, construiu um farol que pode ser “esquiado” por dentro, em referência aos três faróis no Lago Sunapee. Cannon Mountain, que é pública, reconstruirá o bondinho de queda vertical de quase 670 metros, um dos poucos ainda em atividade na Costa Leste, depois que o governo estadual aprovou uma verba de US$ 18 milhões para tal.

4. Nova York: O inverno nova-iorquino pode ser bem instável, mas não é de agora que o estado desenvolveu uma sanha de abrir pistas de esqui em qualquer espaço disponível. Das escarpas de Whiteface às encostas suaves do Swain Resort, Nova York tem mais pistas do que qualquer outro estado e este ano não vão faltar melhorias, incluindo novos teleféricos.

Gore Mountain substituiu o teleférico de superfície Bear Cub, que servia a área para iniciantes, por uma versão quádrupla que inclui uma esteira de transporte — ou seja, coloca os esquiadores em posição ideal para transportá-los. Popular nos Alpes, o sistema é ideal para iniciantes. The Notch, versão quádrupla de alta velocidade do Whiteface, levará os esquiadores com pouca prática para dois locais novos de desembarque; além disso, foram instalados 150 novos canhões.

O Mardi Gras Express do Holiday Valley, teleférico para seis pessoas de alta velocidade, substitui a versão para quatro em um ponto de grande movimento da montanha. A mudança faz parte da melhoria de US$ 9 milhões feita durante a baixa temporada, que também inclui reformas em 35 dos 102 quartos do Inn, além de mais fabricação de neve automática.

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