Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2017
Há muitos que contestam o termo, mas talvez por não terem se preparado bem. É que para fazer valer a máxima “melhor idade” é preciso ter qualidade de vida ao chegar nesta faixa etária, para poder desfrutar bem. Na velhice, as pessoas têm mais tempo livre e para aproveitá-lo é importante cuidar da saúde. Mudanças de hábitos podem prevenir doenças crônicas, como diabetes, alzheimer e depressão. Confira cinco atitudes que garantem uma saúde melhor, que você pode começar a cultivar agora mesmo.
O primeiro passo é ter em mente que nunca é tarde para mudar e abandonar vícios, segundo Roni Mukamal, geriatra coordenador do programa de medicina preventiva de um plano de saúde especializado na terceira idade.
“É importante ter consciência de tudo é questão de hábito. Mesmo que tenha feito tudo errado durante a vida, mudar de atitude na terceira idade traz melhoras significativas”.
Abandone vícios
A chegada da terceira idade deve ser um incentivo para largar vícios como bebida e cigarro. Para se ter uma ideia, em seis meses sem fumo, os riscos de infecções respiratórias caem e a circulação sanguínea apresenta melhora considerável.
Alimentação
A dieta não precisa ser restritiva, mas é importante incluir vegetais, grãos, cereais integrais, castanhas e alimentos ricos em ômega 3. Os nutrientes podem ajudar a tratar e prevenir problemas físicos e mentais, como perda de memória.
Exercícios
A atividade física retarda o envelhecimento, previne a perda de coordenação motora, que causa queda, dá qualidade ao sono e melhora a memória. Segundo o geriatra Roni, dança e natação estão entre as mais indicadas, mas o idoso pode escolher a que mais se identifica, desde que tenha orientação profissional. Também é importante fazer uma avaliação física com o médico.
Nesta fase da vida é necessário ter uma rotina mais calma e evitar aborrecimentos. “O estresse causa inúmeras doenças e a falta de sono também. A dica é não pensar em assuntos pesados durante a noite e deixar de lado o que não é relevante”, aconselha o médico.
Vida social
A socialização é muito importante para a saúde mental e na prevenção da depressão. É natural que o idoso se sinta sozinho e sem um sentido para viver, preencher o tempo conversando com pessoas queridas ou se doando para uma causa pode ajudar a afastar estes pensamentos.
“Cada um escolhe uma forma de manter a vida social ativa, alguns começam uma nova profissão, outros entram em um trabalho voluntário. Só é preciso tomar cuidado para evitar desgaste físico e emocional nestas tarefas. Viajar ou frequentar a igreja mais assiduamente também é interessante”, finaliza Roni Mukamal.
Nova lei
A uma semana da votação do relatório do deputado Rogério Marinho, marcada para o dia 8 de novembro, na Comissão Especial da Câmara, especialistas se reuniram no Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) para fazer uma leitura aprofundada da proposta de mudança da Lei dos Planos de Saúde (9.656/1998), e prepararam um documento no qual sugerem alterações ao parecer do parlamentar. Até a última terça-feira, prazo dado pelo deputado para receber contribuições, além do Idec, Unidas, CNS (Conselho Nacional de Saúde) e Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) apresentaram sugestões. Também foram encaminhadas 16 propostas de parlamentares, sendo uma do deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM) e 15 de Alessandro Molón (Rede). A equipe do relator terá que analisá-las, até o dia 8, quando deverá apresentar o relatório à comissão para ser votado.
Entre os pontos apontados como críticos, a advogada Ana Carolina Navarrete, especialista em Saúde do Idec, chama a atenção para a questão do reajuste dos idosos. Hoje, a lei proíbe que qualquer reajuste por idade seja dado após os 60 anos. O relatório muda essa dinâmica. A ideia é que o percentual de reajuste seja definido aos 59 anos, mas possa ser “parcelado” durante os anos seguintes, a cada cinco anos. Para as entidades de defesa do consumidor, a proposta de alteração normativa pretende legalizar os 500% de aumento por faixa etária e os elevados reajustes impostos aos idosos na última faixa etária, ao completar 59 anos, parcelando-os para tentar minimizar os efeitos nefastos causados aos idosos.