Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 25 de julho de 2016
O futuro da ciência parece estar muito próximo. Todos os anos a Royal Society de Londres (Inglaterra) destaca exemplos de tecnologias de ponta e soluções científicas que estão prestes a se tornar algo comum na vida das pessoas. Veja abaixo os cinco projetos mais curiosos da lista de 2016.
1. Recolhendo o lixo espacial.
Desde o início da era espacial já foram descartadas 7 mil toneladas de lixo espacial: carcaças de foguetes, satélites desativados, pedaços de vidro, tudo isto está flutuando fora da Terra. A maioria dos objetos lançados no espaço ainda está orbitando nosso planeta, o que é uma ameaça de colisão com satélites ainda ativos. E até os menores fragmentos podem ser uma grande ameaça.
Agora a missão “RemoveDebris” (“Removendo Destroços”, em tradução livre) poderá resolver este problema. O projeto, que será lançado em 2017, é o primeiro a testar tecnologias de captura que vão arrastar o lixo espacial de volta para a atmosfera terrestre.
2. O rastreador de mosquitos.
Os cientistas lutam há décadas contra o mosquito Anopheles. Estes insetos transmitem malária, uma doença que infecta milhões e causa 438 mil mortes por ano no mundo inteiro.
Porém, a resistência a inseticidas nas populações do mosquito tem se mostrado uma nova ameaça. O projeto “Diários do Mosquito” detecta quanto tempo os insetos estão em contato com os mosquiteiros, e como o inseticida (que está nas fibras) evita que eles piquem a pessoa que está dormindo logo abaixo do tecido.
A pesquisa vai abrir caminho para a criação de mosquiteiros mais eficazes além de novas fibras e inseticidas – avanços simples que podem evitar milhares de mortes.
3. Os segredos do raio-X em 4D.
Uma máquina complicada com um nome intrigante: o raio-X síncroton 4D. E o que ele faz também é incrível: permite que os cientistas analisem o coração dos materiais. Eles podem usar o aparelho para analisar magma e aprender mais sobre grandes erupções vulcânicas ou então olhar cristais de gelo para descobrir porque um sorvete tem um gosto melhor que outro.
O raio de síncroton é dez bilhões de vezes mais brilhante que o Sol e penetra estruturas sem precisar de cortes. Uma câmera do outro lado registra a informação revelada pelo raio em imagens de resolução altíssima. A técnica também é útil para o setor médico, para compreender como implantes interagem com o tecido dentro do corpo humano.
4. Aranhas ao trabalho.
O fio fabricado pelas aranhas para tecer suas teias está no centro da próxima geração de materiais sustentáveis e biocompatíveis. A pesquisa de Oxford está ajudando a revelar a estrutura molecular da seda e descobrir os possíveis usos deste material para nossa vida.
Poucos materiais na natureza têm a capacidade de absorver energia como a seda produzida pela aranha. Os cientistas disseram que este material, combinado com resinas, poderá ser muito bom na fabricação de fibras resistentes a impactos. Além disso, esta seda é biocompatível: testes clínicos estão avançados para verificar se os implantes a seda podem ajudar na recuperação da cartilagem do joelho de humanos.
5. A revolução dos ossos.
Cientistas criaram uma tecnologia para cultivar ossos artificiais em laboratório sem usar medicamentos ou produtos químicos, apenas usando a vibração. O nome em inglês é “nanokicking” (ou “nanochute”, em tradução livre): técnica que retira células-tronco da medula óssea, que podem se transformar em outras células especializadas, e “chutam” estas células usando altas frequências para desencadear uma transformação e fazer com que elas virem células produtoras de ossos.
Os novos pedaços de ossos são cultivados a partir das células do próprio paciente. Sem produtos químicos ou proteínas de crescimento que podem ter efeitos colaterais. O método não envolve cirurgias dolorosas para remover amostras de osso de outras partes do corpo e não há risco de rejeição.