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Conheça os perigos do leite condensado para os dentes

O leite condensado é o produto resultante da remoção parcial de água do leite, sendo frequentemente adicionado de açúcar. (Foto: Reprodução)

O leite condensado entrou em voga na última semana por motivos que fogem da esfera alimentícia. Um dos produtos mais requisitados nas receitas de doces, a iguaria agrada muitos paladares – quem resiste, por exemplo, a uma deliciosa torta de limão ou a um pudim de leite condensado?

Origem

O leite condensado é o produto resultante da remoção parcial de água do leite, sendo frequentemente adicionado de açúcar. Surgiu como resultado das experiências do francês Nicolas Appert em 1820, na pesquisa para esterilização e conservação de alimentos em embalagens herméticas. Em 1828, o inventor francês Malbec aplicou o método de Appert ao leite fresco de vacas para criar o leite condensado.

O leite condensado, com ou sem açúcar e enlatado, foi muito apreciado no século XIX e início do século XX como alimento infantil, e no período anterior à Primeira Guerra Mundial, antes do advento da geladeira elétrica doméstica, como fonte alternativa ao leite fresco. Na década de 1940, devido à escassez de açúcar in natura, o leite condensado se popularizou, principalmente ao servir de ingrediente para a confecção de sobremesas.

No Brasil, o leite condensado é de grande consumo e mais do que substituir o leite in natura é popularmente muito utilizado na preparação de sobremesas e coberturas de bolos e tortas, além de ser o ingrediente principal do brigadeiro e do pudim de leite condensado.

E os dentes?

Assim como todos os alimentos ricos em açúcar, o leite condensado não é recomendado a quem deseja ter uma boa saúde bucal. O motivo? O risco elevado de desenvolver cáries – as bactérias presentes na boca adoram um açúcar! Mas, calma! Se você não abre mão de um docinho, faça uma higienização completa na boca após consumir a sua sobremesa.

Dentro da boca, as bactérias da placa bacteriana fermentam o açúcar dos alimentos, resultando na produção de substâncias ácidas que, por sua vez, dissolvem o esmalte que protege os dentes. Esse desgaste, quando constante, possibilita a formação da cárie, que se inicia nas camadas mais externas do dente e, em casos extremos, compromete toda a coroa dentária.

Para prevenir o problema, é imprescindível que o consumo do açúcar seja disciplinado, bem como a rotina de higiene bucal seja adequada. Isso envolve o uso de cremes dentais com pelo menos 1 000 ppm (partes por milhão) de flúor, informação que pode ser verificada na embalagem do produto. Em paralelo, é fundamental se consultar regularmente com um cirurgião-dentista a fim de receber orientações personalizadas e o tratamento correto, se necessário.

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