Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de setembro de 2015
Com a proximidade do verão, muitas mulheres aproveitam para turbinar os seios. Dados divulgados recentemente pela Silimed, considerada a maior fabricante de próteses da América Latina, apontam que, apesar da crise econômica, o número de cirurgias de implante mamário aumentou 20% neste ano, em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Uma das razões para a maior procura pelas cirurgias é o custo mais elevado do turismo no exterior para os brasileiros. Com isso, as mulheres passaram a investir o dinheiro em outros sonhos de consumo.
A bancária Liliane Vaz, 37 anos, realizou o desejo de aumentar os seios há apenas quatro meses, colocando 300 mililitros em cada mama. “A autoestima é tudo. Antes, como não tinha nada, valorizava outras partes do corpo. Mas me incomodava. Hoje visto uma roupa e me sinto bem. Vou aproveitar o verão e usar muito decote”, diverte-se.
Vaidade feminina.
Segundo o cirurgião plástico José Carlos Pereira Pinto, da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), o aumento na procura pelo implante de silicone nos seios durante o ano inteiro está ligado à vaidade feminina. “As mulheres querem estar bem fisicamente e com a autoestima elevada para exibir o corpo na alta estação”, afirma.
Também aumentou a procura de estrangeiras – especialmente da França, Inglaterra, Itália e Estados Unidos – por realizar a cirurgia no Brasil. O motivo é não só a qualidade do serviço, mas também o fato de o custo da cirurgia ser menor. Em média, o procedimento custa de 10 mil reais a 15 mil reais no País, já incluindo a prótese e a equipe médica, enquanto na Europa, o preço pode quadruplicar, chegando a 60 mil reais, por causa do euro valorizado.
Exposição ao sol só depois de 30 dias.
O procedimento para implantação de silicone é tranquilo e a recuperação é muito rápida, segundo o cirurgião. Em três ou quatro dias, a paciente está liberada para voltar a sua vida social. “No pós-operatório, deverá fazer repouso, não pegar peso e evitar o sol por 30 dias para que a cicatriz fique imperceptível”, orienta.
Riscos.
Mas é preciso cuidado: apesar de usar anestesia local, a cirurgia pode envolver riscos – como reação adversa ao anestésico, sangramento excessivo, infecção e coágulos de sangue, entre outros – e deve ser feita em hospital e por cirurgião plástico habilitado pela SBCP.
Como garantia, a paciente deve guardar o certificado da prótese, que dura, em média, dez anos, para o caso de futuras consultas ao fabricante.