Terça-feira, 25 de março de 2025
Por Redação O Sul | 21 de março de 2025
Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com base em dados do Sistema de Informações do Ministério da Saúde (SIH/SUS), mostra que o câncer de bexiga matou quase 5 mil brasileiros por ano, no período de 2019 a 2022. Ao todo, foram registrados 19.160 óbitos — 67,6% das vítimas são homens.
Trata-se da mesma doença que matou, recentemente, o empresário britânico Eddie Jordan, dono da fábrica de automóveis de luxo Aston Martin. Ele faleceu aos 76 anos, apenas um ano após receber o diagnóstico. O tumor era agressivo e se espalhou pela coluna e região pélvica.
O tabagismo é o principal fator de risco em cerca de 50% dos casos. Cigarro e assemelhados contém substâncias químicas cancerígenas que entram na corrente sanguínea e são filtradas pelos rins na urina, expondo repetidamente a bexiga.
De acordo com o sistema de saúde público do Reino Unido (NHS), a exposição a certos produtos químicos industriais é o segundo maior fator de risco. Estudos anteriores sugerem que isso pode ser responsável por até um quarto de todos os casos e ajuda a explicar por que a doença é mais comum em homens do que em mulheres, já que, antigamente, os homens eram mais propensos a fumar e trabalhar na indústria de transformação.
No caso de Eddie Jordan, além do câncer de bexiga, ele também foi diagnosticado com tumor de próstata. Segundo uma pesquisa publicada no “Journal of Urology”, 25% dos pacientes de câncer de bexiga receberam esse diagnóstico adicional.
Sangue na urina
Outro sintoma comum, de acordo com o NHS, é sangue na urina. Ele pode ter uma coloração diferente: aparecendo em vermelho vivo, rosa ou marrom. Entretanto, em muitos casos, é necessário fazer um exame de urina para detectar o sangramento.
Martin revelou a importância de consultar um médico na apresentação de qualquer sintoma: “Não adie. Vá e faça o teste, porque na vida, você tem chances. Não seja tímido. Cuide do seu corpo”.
Mudança nos hábitos
É necessário estar atento às mudanças na rotina e ao aumento da frequência no uso do banheiro, como, por exemplo, ir várias vezes durante a noite, sentir vontade repentina de urinar, ter dificuldade para urinar, perceber um jato mais fraco ou experimentar a sensação de que a bexiga não foi completamente esvaziada. Alguns pacientes também podem sentir uma sensação dolorosa ou de queimação ao urinar.
Dores e perda de peso
Dor lombar, limitada a um lado do corpo, ou dor abdominal, perda de peso repentina ou não intencional, perda de apetite e fadiga também podem ser observadas.
Dor nos ossos
Dor nos membros que dura por mais de algumas semanas pode ser um sinal de alerta de que o câncer de bexiga se espalhou para os ossos. Cerca de 25% dos casos de câncer de bexiga são diagnosticados em estágios avançados, de acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.
Especialistas afirmam que qualquer pessoas que apresente esses sintomas deve marcar uma consulta com um médico especialista para fazer exames e estudar cada caso. (com informações de O Globo)