Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Conheça sete curiosidades sobre o papa Francisco

Compartilhe esta notícia:

Vida do pontífice foi repleta de histórias inesperadas e ainda pouco conhecidas por fiéis

Foto: Reprodução
Vida do pontífice foi repleta de histórias inesperadas e ainda pouco conhecidas por fiéis (Foto: Reprodução)

Uma manobra para tirá-lo da disputa do papado, uma frase de um cardeal brasileiro que inspirou seu nome de pontífice, uma namorada antes da vida religiosa e uma paixão depois de começar o seminário.

Essas são somente algumas das revelações feitas ao longo dos últimos anos pelo papa Francisco, que antes era Jorge Mario Bergoglio e ao longo de 88 anos marcou a história da Argentina e do mundo. Confira algumas curiosidades da vida do pontífice sul-americano:

Já teve namorada e paixão o pôs à prova

Na autobiografia “Vida: Minha História Através da História”, escrita com o vaticanista italiano Fabio Marchese Ragona, o papa conta que já namorou e que, depois disso, outra paixão o colocou à prova quando ele já estava no seminário.

“Eu já tinha tido uma namorada antes, uma menina muito doce que trabalhava no mundo do cinema e que depois casou-se e teve filhos”, descreveu Francisco sobre a relação, sem revelar o nome da moça ou a idade que ele tinha na época.

Sobre a “pequena paixão” posterior, o pontífice disse ser “normal, ou não seríamos seres humanos”. “Eu estava no casamento de um dos meus tios e fiquei encantado por uma garota. Ela virou minha cabeça com sua beleza e inteligência. Por uma semana, fiquei com sua imagem na mente e foi difícil conseguir rezar! Depois, felizmente, passou, e me dediquei de corpo e alma à minha vocação”, relatou.

Ficou à beira da morte aos 21 anos

Após o desafio que, para Bergoglio significou se apaixonar na juventude, ele conta que sua próxima “provação” foi em 1957, quando todos no seminário pegaram uma gripe. Ele também ficou doente mas, à diferença dos colegas, não se curava nunca.

“Eu continuava preso no quarto, porque a febre não cedia. Então um dia eu piorei: minha temperatura corporal estava altíssima, e o reitor, assustado, levou-me correndo ao Hospital Sírio Libanês. Fui diagnosticado com uma séria infecção, e naquele dia tiraram um litro de líquido dos meus pulmões”, contou.

O pontífice dizia dever sua vida à freira italiana Cornelia Caraglio que o acompanhou no hospital. “Ela percebeu que as doses de penicilina que os médicos me prescreveram estavam baixas demais e administrou a dose correta para o meu problema, o que me salvou”, relatou.

Colegas do seminário também iam todos os dias ao hospital para doar sangue. “Eu tinha muitos anjos da guarda por perto”, expressou o papa sobre a ocasião. Mas a recuperação foi longa, e ele revela que chegou a se preparar para morrer.

“Eu ficava muito tempo em silêncio. Pensava no que poderia acontecer comigo, rezava a Nossa Senhora e, de certa maneira, também me preparava para a morte. Não se podia descartar esse risco. Minha mãe, sempre que ia me visitar, caía em prantos, outros tentavam me consolar”, relatou no livro.

Teve parte do pulmão retirado

Em novembro de 1957, ano que teve a infecção, Bergoglio teve o lobo superior do pulmão direito retirado, devido à formação de três cistos. A intervenção cirúrgica foi com as melhores técnicas da época. “Você pode imaginar o tamanho dos cortes e o quanto sofri”, descreveu Francisco sobre o procedimento.

Manobra para tirá-lo da disputa pelo papado

Outra revelação do papa em seu livro publicado em 2024 foi a de que soube que estava sendo considerado para assumir o pontificado quando começou a ser interrogado pelos demais cardeais.

Ele descreve ter sido abordado pelo cardeal espanhol Santos Abril y Castelló que perguntou: “Eminência, desculpe perguntar, mas é verdade que lhe falta um pulmão?”. Bergoglio respondeu que não, que não tinha somente o lobo superior do órgão direito, retirado quando ele tinha 21 anos.

O papa descreveu que o cardeal ficou sério e reclamou “bastante irritado” de “manobras de última hora”. “Esse foi o momento preciso em que me dei conta de que os cardeais estavam pensando em mim como sucessor de Bento XVI”, contou.

Cardeal brasileiro influenciou escolha do seu nome

Ainda na obra “Vida: Minha História Através da História”, o papa contou que na primeira votação do conclave, na qual quase foi eleito para a liderança da Igreja Católica, o cardeal brasileiro Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, se aproximou dele com palavras de incentivo: “Não tenha medo! É obra do Espírito Santo!”.

E essa não foi a única ocasião em que o brasileiro manifestou apoio ao colega argentino. O papa contou que na terceira votação daquela tarde, no 77º voto, quando seu nome atingiu dois terços das preferências e ele foi aplaudido, Hummes se aproximou novamente, deu-lhe um beijo e disse: “Nunca se esqueça dos pobres”.

“Foi ali que escolhi o nome que teria como papa: Francisco”, disse, explicando que a decisão, tomada após as palavras do brasileiro, foi uma homenagem a São Francisco de Assis, conhecido por ter exercido sua vida religiosa na simplicidade e se dedicando aos pobres.

Foi expulso do vestiário do San Lorenzo

Em 1998, quando ainda era padre, Jorge Mario Bergoglio foi expulso do vestiário do San Lorenzo, seu time do coração, antes do começo de um jogo contra o Clube Atlético Platense.

A história foi contada pelo próprio técnico do time, Alfio Basile, que na época acabava de ser contratado após uma sequência de derrotas do “Cuervo” e expulsou o padre.

“Estávamos nas palavras motivacionais para sair para o estádio e de repente a porta do vestiário abre e entra um padre. Eu digo: mas nenhum padre, nem ninguém pode entrar no vestiário, ainda mais antes de começar a partida”, contou anos depois, em um programa de televisão.

O técnico, então, perguntou para o presidente do clube, Fernando Miele, quem era o religioso e escutou que era um torcedor do San Lorenzo, que em todos os jogos ia benzer os jogadores antes das partidas.

“Mas se você me contratou porque o San Lorenzo não ganha de ninguém! Pode mandar embora esse azarado. Nesse momento, eu nem sabia quem era esse padre”, relatou, contando que Bergoglio foi embora com a cara “muito triste”.

A estratégia de Basile deu certo e, naquele jogo, o time de Almagro ganhou de 4 a 1 da equipe de Vicente López. Em 2013, ano em que o papa foi eleito, ao encontrar-se com Miele, escutou: “Você viu quem é o papa?”, ao que respondeu: “Como não vou saber, todo mundo sabe quem é o papa Francisco!”.

E foi quando finalmente soube, pelo ex-presidente do clube: “Você não sabe! É aquele que você expulsou do vestiário, quando ele era Bergoglio!”

Tensão com os Kirchner

Quando cardeal de Buenos Aires, Bergoglio viveu em tensão constante com os ex-presidentes Néstor e Cristina Kirchner, em seus respectivos governos. A principal divergência se deu pelo apoio do kirchnerismo ao matrimônio igualitário, que acabou aprovado pelo Congresso argentino em 2010.

Principal opositora ao projeto de lei, a Igreja Católica do país liderada por Bergoglio afirmava à época que “o mais grave” era a lei permitir a adoção por casais do mesmo sexo. O então cardeal chegou a discursar em manifestações contra a aprovação da lei.

Em uma carta às irmãs Carmelitas de Buenos Aires, Bergoglio chegou a afirmar que o projeto de lei apoiado pelo kirchnerismo “não se trata de uma simples luta política, é a pretensão de destruir o plano de Deus”.

Em seu livro de memórias “Sinceramente”, Cristina Kirchner conta que viu o anúncio de que Bergoglio seria o novo papa pela TV e que ligou imediatamente para seu secretário, pedindo que ele fosse com o computador até a residência presidencial: “Temos que ser os primeiros a cumprimentar o novo papa”, disse, afirmando também que iria para a consagração em Roma.

“Naqueles dias, muitos habitantes do Bairro Norte e Recoleta, os bairros mais ricos da cidade de Buenos Aires, penduraram bandeiras vaticanas amarelas nas varandas, para comemorar a escolha de Bergoglio. Tenho certeza de que, inicialmente, acreditavam ter encontrado um novo líder para lutar contra a ‘égua’”, disse Cristina Kirchner, sobre um xingamento usado para insultá-la na época.

A ex-presidente relata, no entanto, que não estava preocupada com os conflitos do passado. Durante sua Presidência, foram sete encontros da líder argentina com o papa. Em um deles, mencionou a relação do pontífice com o falecido marido: “No fundo, acho que a Argentina era um lugar muito pequeno para vocês dois juntos”, afirma ter dito.

No livro, ela revela a existência de uma disputa entre os dois desde o começo do governo de Néstor. A Casa Rosada fica a somente 350 metros da Catedral Metropolitana, também localizada na Praça de Maio.

“Todos dizíamos para o Néstor: ‘Você tem que ir ver o Bergoglio’. Ele respondia: ‘Não, ele que venha me ver na sede do governo’. Do outro lado, Bergoglio respondia: ‘Não, ele que venha até a Catedral”. Definitivamente, nunca se encontraram porque nenhum quis atravessar a Praça de Maio”, garante ela no livro.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Velório do papa Francisco pode começar nesta quarta-feira, diz o Vaticano
Líderes mundiais lamentam a morte do papa Francisco
https://www.osul.com.br/conheca-sete-curiosidades-sobre-o-papa-francisco/ Conheça sete curiosidades sobre o papa Francisco 2025-04-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar