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Conselho de Ética virou epicentro do coronavírus

A maioria dos assessores do Conselho de Ética da Câmara está de molho, em casa, com atestado médico, após a conduta do seu primeiro vice-presidente, deputado Cezinha (PSD-SP), que compareceu à reunião da semana passada e presidiu o colegiado antes de receber o resultado do teste para o coronavírus: positivo. O principal assessor da comissão já apresentou sintomas da Covid-19, incluindo febre alta.

Tudo parado

Presidente do conselho, Juscelino Filho (DEM-MA) decidiu suspender o trabalho por 15 dias e submeter assessores e parlamentares a testes.

Muito trabalho

Há pelo menos uma dezena de representações contra deputados que deveriam tramitar no conselho de ética, mas agora estão paralisadas.

Quebra de decoro

A leviandade levou colegas a cogitarem ação contra o próprio deputado e que seja a primeira a ser analisada na volta ao trabalho.

Senado infectado

O caso lembra Nelsinho Trad (PSD-MS), que disse ter abraçado “meio Senado”. Incluindo Davi Alcolumbre (DEM-AP), o novo infectado.

Argentina dificulta retorno de turistas brasileiros

O coronavírus tem feito vítimas brasileiras lá fora, inclusive o respeito pelo Brasil. Há brasileiros que estão lá fora a negócios ou estudando, na maioria turistas, todos impedidos de retornar. Só no Peru são 3.770, mas, a exemplo de paraguaios e colombianos, por exemplo, peruanos têm facilitado o retorno. Na Argentina, não. Muitos são tratados mal só por serem brasileiros. Mas no Itamaraty. O princípio da reciprocidade na diplomacia parece sepultado definitivamente, e não se cogita reagir.

Confinados na feiúra

A Argentina retém brasileiros e os trata como bandidos. Caso de dez amigos confinados em Nunquén, cidade feia, sem graça, da Patagônia.

Caça a brasileiros

Brasileiros generosamente gastavam dinheiro em Nunquén quando a polícia os cercou como “suspeitos de Covid-19” sem qualquer exame.

Destino a evitar

Na Argentina, parece clara uma política de hostilidade ao governo do Brasil e aos brasileiros que tiveram a má ideia de fazer turismo por lá.

A ficha caiu

O resultado positivo para coronavírus do general Augusto Heleno e de Bento Albuquerque (Minas e Energia) representaram um baque para o presidente Bolsonaro. Agora se convenceu da gravidade da pandemia.

Heleno vai bem

O “furo” do portal Diário do Poder, sobre o teste positivo de coronavírus do general Augusto Heleno, foi divulgado 1 hora e 18 minutos antes do tweet do próprio ministro confirmando. Ele não apresenta sintomas e não tem doenças pré-existentes. Segue em isolamento domiciliar.

Acolha um presidiário

Autoridades, ongueiros e políticos do Psol, que defendem o esvaziamento das penitenciárias a pretexto do coronavírus, deveriam acomodá-los em suas próprias casas. Os coitadinhos adorariam.

Kit miserê

Virou chacota o “kit miserê” semanal que prefeito no Recife, Geraldo Júlio (PSB), distribui nas escolas públicas: leite, quatro frutas e dois pacotinhos de biscoito. E fica sujeito a acusação de compra de votos.

Honrando o salário

A Câmara Legislativa do DF deu uma lição na Câmara Federal. Ao contrário da turma de Rodrigo Maia, que encontrou mais um pretexto para não aparecer no trabalho, os distritais aprovaram, entre segunda e quarta, um pacote de medidas que facilitam o combate ao coronavírus.

Mandou bem

Ótima sacada do BRB, o Banco de Brasília, abrindo linhas de crédito para clientes que foram surpreendido no exterior pelo fechamento de fronteiras. Só no Peru são 3770 turistas brasileiros proibidos de voltar.

Durmam em paz

O STF não demorou a anular o ato do ministro Marco Aurélio que, a pedido do Psol, recomendava soltar presos sexagenários e “criminosos não-violentos”, como se o crime não fosse, em si, uma violência.

Falklands são britânicas

Há 38 anos, em 19 de março, forças argentinas provocaram a Guerra das Malvinas, ilhas britânicas denominadas de Falklands, em um conflito malsucedido que acabou por precipitar o fim da ditadura militar.

Pensando bem…

… difícil é encontrar alguma doença que matou menos pessoas que o coronavírus no Brasil, este ano.

PODER SEM PUDOR

Bronca mal compreendida

Locutor da rádio Tabajara, do governo da Paraíba, Pascoal Carrilho transmitia a chegada do presidente Ernesto Geisel a João Pessoa. Ao anunciar o desembarque do general, ouviu-se uma sonora vaia. Enquanto a comitiva descia do avião, ele atacou: “Acaba de desembarcar o Presidente… esses moleques…” A ênfase em “moleques” soou como xingamento a ministros e assessores. Pascoal não pôde concluir a frase: a transmissão foi interrompida. E ele passou boa parte dos anos seguintes tentando explicar que sua bronca era contra a multidão, e não contra o ditador.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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