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Conselho de Psicologia do RS alerta sobre os cuidados com a saúde mental durante e após a pandemia

O Brasil é o segundo país das Américas com maior prevalência de depressão. (Foto: Freepik)

No mês em que se comemora o Dia do Psicólogo (27 de agosto), o CRPRS (Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul) ressalta a importância do trabalho desses profissionais no contexto da pandemia de Covid-19, reforçando que a necessidade de um cuidado com a saúde mental da população deverá seguir a longo prazo.

Recente relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra que todas as pessoas foram afetadas de alguma forma, seja pela ansiedade ligada à transmissão do vírus, o impacto psicológico do isolamento ou fatores como desemprego, dificuldade financeira e exclusão socioeconômica.

A OMS frisou que “não é apenas o contágio ou o medo de ser contaminado que afetaram a saúde mental da população”, mas também “o estresse provocado pelas desigualdades socioeconômicas e os efeitos das quarentenas, do confinamento, do fechamento de escolas e locais de trabalho, que tiveram consequências enormes”. Ainda segundo a OMS, a saúde mental e o bem-estar devem ser entendidos como direitos humanos fundamentais. Sendo assim, é necessário que os governos façam investimentos em políticas públicas que democratizem o acesso ao cuidado em saúde mental e que são essenciais para o enfrentamento das desigualdades existentes.

Para o CRPRS, privilégios e desigualdades sociais foram evidenciados ou se agravaram com o aumento da pobreza, da violência contra algumas populações e do desemprego.

“Ressalta-se aqui que as pessoas mais atingidas foram as negras, pobres, LGBTQIA+ e com deficiência. A Psicologia foi convocada, desde o início da pandemia, a atuar nessa dura realidade, contribuindo para transformar vidas e diminuir sofrimentos. Houve um reconhecimento da/o profissional da psicologia e da ciência psicológica como necessários ao enfrentamento da crise. A profissão segue, agora, trabalhando com as consequências dessa emergência sanitária, lidando com a superação de desigualdades, com o luto e com sequelas emocionais. Essa atuação se dá em múltiplos contextos: na clínica privada, nas organizações, nas emergências hospitalares, nas escolas, na saúde pública, no sistema prisional, na política de assistência social e em outros contextos das políticas públicas”, afirmou a entidade.

“Além disso, é importante destacar a necessidade de reinvenção da profissão com a pandemia. Profissionais, em seus diferentes âmbitos, tiveram que adaptar seus fazeres e o atendimento on-line passou a ser uma realidade para a maioria das/os psicólogas/os”, ressaltou o conselho.

O CRPRS afirmou que vem oferecendo total apoio à categoria desde o início da pandemia. O cadastro para atendimento on-line, que é obrigatório, foi simplificado, foram desenvolvidos protocolos com orientações para a atuação, tanto à distância quanto de forma presencial, foi realizado um levantamento sobre as condições de trabalho dos profissionais e disponibilizados EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

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