Ícone do site Jornal O Sul

Conselho do Ministério Público vota nesta terça-feira ações contra Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato

Calheiros alegou interferência de Dallagnol (foto) na disputa pela presidência do Senado. (Foto: Divulgação)

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) se reúne nesta terça-feira (08) para julgar processos disciplinares contra Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba.

A autorização para os julgamentos foi dada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que derrubou a decisão do decano da Corte, ministro Celso de Mello, que travou o andamento das ações contra Dallagnol.

Para determinar o andamento das ações, Gilmar indicou o risco de prescrição dos casos, já que de ambos se encerram na quinta-feira (10), e Celso de Mello só retorna de licença médica na sexta-feira (11).

Diante da situação, os procuradores da força-tarefa coordenada por Dallagnol até semana passada gravaram um vídeo e emitiram uma nota em defesa do procurador. No documento, eles afirmam que as ações de Dallagnol “sempre ocorreram “em defesa da causa anticorrupção e da sociedade”.

Em uma das ações a serem analisadas pelo CNMP, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pede para que o ex-coordenador da força-tarefa da operação seja punido por manifestações realizadas nas redes sociais.

A outra investigação contra Dallagnol, movida pela senadora Kátia Abrel (PP-TO), questiona o acordo firmado pela Lava-Jato Paraná com a Petrobras para destinar R$ 2,5 bilhões recuperados pela operação e que seriam geridos por uma fundação dos procuradores.

Para os procuradores ainda avaliam que “diversas falhas” foram evidenciadas na tramitação das acusações e dizem que a decisão de Gilmar veda a liberdade de expressão. “Independentemente do resultado da sessão do CNMP, seguimos acreditando que todos os membros do MP jamais desanimarão da virtude ou terão vergonha da honestidade”, destacam os procuradores.

Sair da versão mobile