O Conselho da União Europeia aprovou neste sábado (03) a introdução do teto de US$ 60 por barril ao preço do petróleo russo para a comercialização por via marítima para países terceiros. O mecanismo prevê a proibição de os operadores europeus ou de países terceiros utilizarem os serviços marítimos europeus – transporte, seguro, financiamento, intermediação – se o petróleo bruto for vendido a um preço superior ao teto fixado.
O valor é ajustável, de forma a responder à evolução do mercado e será revisto de dois em dois meses. Mas a meta é que esteja sempre 5% abaixo dos preços atuais. O limite para produtos refinados será definido posteriormente.
“Não aceitaremos”
A Rússia “não aceitará” um limite de preço ao seu petróleo e está analisando como responder, disse o Kremlin, em comentários publicados neste sábado, reagindo a um acordo de potências ocidentais que buscam limitar uma fonte chave de financiamento da guerra de Moscou contra a Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou havia feito preparativos para o anúncio do limite de preços de sexta-feira feito pelas nações do G7, pela União Europeia e pela Austrália, segundo a agência de notícias estatal russa Tass.
“Não aceitaremos esse limite”, disse, de acordo com a agência de notícias RIA. Ele acrescentou que a Rússia conduziria uma rápida análise do acordo e responderia em seguida, segundo a RIA.
A Rússia disse repetidas vezes que não fornecerá petróleo aos países que implementarem o limite -uma posição que foi reforçada por Mikhail Ulyanov, embaixador de Moscou nas organizações internacionais de Viena, em publicações nas redes sociais neste sábado.
“Começando este ano, a Europa viverá sem o petróleo russo”, disse.