Lançado com barulho pelo presidente Lula (PT) como “fórmula mágica” para tirar os trabalhadores do sufoco, cada vez se parece mais como uma arapuca o empréstimo consignado para trabalhadores com carteira assinada. O crédito, porém, será condicionado à garantia o FGTS da vítima. Apesar de operação tão segura, com risco de calote próximo de zero, os bancos fixaram juros de até 89% para esse consignado. Ficou claro que a arapuca faz a alegria dos bancos e não dos trabalhadores.
Empréstimo carcará
Os juros anuais do consignado para servidor somam 24,2%, beneficiário do INSS 23,2% e de 48,9% a 87% para trabalhadores do setor privado.
Assim não dá
Dados do Banco Central apontam que o juro médio do crédito pessoal em janeiro de 2025, 45,6%, um escândalo, foi menor que do consignado.
Quebrado e sem FGTS
Especialistas advertem: o trabalhador corre o duplo risco de ficar endividado e negativado, e ainda perder o saldo de FGTS.
Governo banqueiro
Como no caso do consignado, os governos Lula são conhecidos por garantir lucros siderais aos bancos. Está acontecendo de novo.
PE: Assembleia gastou milhões em mês de recesso
Deputados estaduais de Pernambuco parecem não estar nem aí com o dinheiro do pagador de impostos e torraram mais de R$2,3 milhões em janeiro, mês em que suas excelências da Assembleia Legislativa gozavam férias. Curiosamente, os quatro maiores gastadores torraram o mesmo valor, até os centavinhos: Diogo Moraes (PSB), Gustavo Gouveia (SDD), Nino de Noque (PL) e France Hacker (PSB) gastaram, cada um, R$60.073,27 na boquinha chamada de “verba indenizatória”.
O negócio é gastar
Cabe quase tudo cabe na regalia: paga assessoria jurídica, consultoria, divulgação do mandato, segurança, imóveis e, claro, aluguel de carrões.
Só carrão
O custo de carrões para os nobres desfilarem foi de R$504,5 mil. O rei da gastança foi Joãozinho Tenório (PRD), R$33.025 em janeiro.
Segurou o gasto
Dos que apresentaram nota, o gabinete mais econômico em janeiro é o de Mário Ricardo (Republicanos): R$38.368,00.
Mãos do destino
Está nas mãos do ministro Nunes Marques, indicado de Bolsonaro ao STF, o destino do ex-ministro Antonio Palocci, cuja delação devastadora detalhando esquemas de pagamento de propina a Lula. Inclusive através do banco Safra, de Joseph Safra, citado 68 vezes pelo ex-ministro.
Convescote do atraso
Lula viajará de novo na quarta-feira (9), desta vez para Honduras, para um convescote da esquerda mais atrasada do planeta: Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, onde ditadores dão as caras.
Tutti buona gente
Foi o próprio Lula quem inventou a Celac, em 2010, com os ditadores Hugo Chávez e Evo Morales e Cristina Kirchner, também condenada por corrupção, a fim de criar uma “organização internacional das Américas”, espécie de OEA paralela, cujo objetivo era só excluir EUA e Canadá.
La dolce vita
Esta será a última semana completa de trabalho na Praça dos Três Poderes, antes da Semana Santa. Com folgas na sexta (18) e segunda (21), o calendário dessas figuras será mais curto por 15 dias.
Fim do caminho
Maurício Neves (PP-SP) não acredita em recuperação na popularidade de Lula e avalia que o eleitor perdeu a confiança no petista. O deputado prevê cenário de renovação: “Um novo ciclo político vai surgir em 2026”.
Caso Ramagem
O deputado Paulo Azi (União-BA), presidente da CCJ da Câmara, irá definir o relator do pedido para suspender a ação penal contra Alexandre Ramagem (PL-RJ), no caso do suposto “golpe”.
Padrinho da autonomia
José Sarney será homenageado em maio por integrantes da Advocacia-Geral da União. A turma vai aproveitar o evento para pedir a bênção do ex-presidente para o que eles chamam de “autonomia da AGU”.
Cota trans
Guto Zacarias (União-SP) pediu à Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo para barrar a cota trans na Unicamp. O deputado estadual diz que a cota cria um privilégio e contraria o princípio da isonomia.
Pensando bem…
…espionar amigos não tem nada de paralelo.
PODER SEM PUDOR
Como driblar o vice
Prestes a viajar ao exterior, o presidente Juscelino Kubitschek foi advertido pelo ministro da Casa Civil, Antonio Balbino: atos pendentes seriam assinados pelo vice, João Goulart. O mais importantes era o preenchimento de uma ambicionada vaga de tabelião de notas no Rio de Janeiro. JK pediu uma lista telefônica de Curitiba, correu os dedos numa página qualquer e se fixou num nome repleto de consoantes. Acrescentou outras e ordenou: “Faça o ato de nomeação desse sujeito aqui.” O ministro ironizou: “Mas, presidente, ninguém vai encontrar essa pessoa para a posse…” JK sorriu, mineiramente: “Exato. Quando eu voltar, revogarei o decreto e nomearei outro.”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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