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Conta de luz dos brasileiros deve continuar sem cobrança extra até maio de 2025

A consultoria calcula que os reservatórios hidrelétricos vão chegar ao fim de junho com 78% de armazenamento. (Foto: Caio Coronel/Itaipu)

A consultoria Thymos Energia estima que a conta de energia elétrica continue sem cobrança extra, via bandeira tarifária, pelo menos até maio de 2025, a depender das chuvas no próximo período úmido. As faturas têm vindo sem este acréscimo, ou seja, com a bandeira verde, desde abril de 2022.

“Por enquanto, está tudo sob controle em termos de bandeira tarifária. Não há expectativa de sair nem da amarela, quem dirá indo para as faixas vermelhas”, afirmou a responsável pela área de Preços e Estudos de Mercado da empresa, Mayra Guimarães.

A consultoria calcula que os reservatórios hidrelétricos vão chegar ao fim de junho – quando termina o outono – com 78% de armazenamento. A projeção indica redução de 8,8 pontos percentuais em relação ao índice verificado no mesmo período do ano passado, quando o nível atingiu 86,8%.

Ainda assim, é considerado confortável pela especialista. “O [armazenamento no] ano de 2024 está acima de quase todos, com exceção do ano passado, que foi muito bom, fora da curva, se a gente comparar o histórico recente”, afirmou.

Na previsão por submercado, a expectativa é de 71,5% para o Sudeste/Centro-Oeste, considerado a caixa d’água do País por responder pela maior parte da capacidade de armazenamento nacional. No Sul, a Energia Armazenada (EAR) deve ser de 100% ao fim de junho. No Nordeste, deve ficar em 71,6% e, no Norte, em 97,9%.

Mercado livre

Já o Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), utilizado como referência no mercado livre de energia, deve deixar o piso regulatório, de R$ 61,07 por megawatt-hora (MWh) apenas no mês de dezembro, segundo as projeções da Thymos.

Segundo Guimarães, a média mensal do indicador pode subir para R$130/MWh ou R$ 145/MWh a depender do cenário. Ela reconhece, porém, que considerando o preço horário, a alta pode ser observada antes deste prazo.

“Pode ser que a gente tenha, ao longo do ano, um ou outro dia com o PLD saindo do piso. Principalmente por conta da fonte solar. Sempre que a solar sai no final do dia, dependendo do nível de consumo à noite, as hidráulicas podem não conseguir atender sozinhas. E aí o ONS precisa despachar alguma térmica”, afirmou ela, em referência ao Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Já sobre a média mensal, a alteração deve ocorrer por conta das chuvas sobre os reservatórios das usinas hidrelétricas. Para a especialista, neste período, o sistema ainda está lidando com os efeitos do fim do período seco e início do úmido, o que gera “sempre algum spike (pico) ali em dezembro e janeiro”, modo como é chamado um movimento de preços relevante para cima ou para baixo em um curto período de tempo.

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