Segunda-feira, 31 de março de 2025
Por Redação O Sul | 29 de março de 2025
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que a conta de luz em abril terá bandeira verde, sem cobrança adicional. Esse será o quinto mês seguido sem taxas extras para os consumidores.
A agência afirma que, mesmo com a transição do período chuvoso para o seco, a geração de usinas hidrelétricas (mais barata que as térmicas) continuou em níveis estáveis no País.
Imagem aérea de uma usina hidrelétrica, mostrando a estrutura principal com várias turbinas dispostas em linha. O rio está visível ao lado da usina, com água fluindo. À esquerda, há uma aparente área de estacionamento e vegetação ao redor.
A decisão é tomada mesmo com a elevação do PLD (Preço de Liquidação de Diferenças), indicador crucial para a definição. Nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste, o valor sextuplicou –de R$ 58 por MWh (megawatt-hora) no começo do ano para R$ 354 na mais recente semana (encerrada em 28 de março). Já nas regiões Norte e Nordeste, os preços continuam próximos aos patamares mínimos do ano.
O mecanismo de bandeiras é válido para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A bandeira ficou verde de abril de 2022 a julho de 2024, quando foi interrompida com o anúncio da bandeira amarela. Em agosto, voltou a ficar verde. Em setembro, foi aplicada a vermelha patamar 1, e em outubro, vermelha patamar 2. Em novembro, amarela. A conta de luz voltou à bandeira verde a partir de dezembro.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia considerando fatores como a disponibilidade de água, o uso das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
A ideia é transferir de forma mais imediata ao consumidor os eventuais aumentos na geração de energia, dando transparência e estimulando um consumo consciente. Até então, o repasse de preços acontecia só nos reajustes anuais.
Cerca de 71% da geração do Brasil vem de hidrelétricas. O restante é complementado por outras fontes, como eólica, solar e nuclear. Como a geração hidrelétrica pode ficar comprometida em períodos de seca, o país tem um parque de usinas térmicas que são acionadas quando faltam chuvas.
Essas térmicas consomem gás, óleo combustível ou diesel e, quando são ligadas, elevam o custo de geração de energia, já que é necessário gastar com a compra do combustível. (Com informações da Folha de S.Paulo)