Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2022
Reservas internacionais estão em US$ 346,4 bilhões, diz Banco Central.
Foto: Valter Campanato/Agência BrasilAs contas externas brasileiras apresentaram déficit de US$ 3,5 bilhões em maio de 2022. No mesmo mês do ano passado, o resultado havia sido superávit de US$ 2,5 bilhões. Os números resultam das compras e vendas de mercadorias, serviços e transferências de renda entre o Brasil e outros países.
De acordo com as estatísticas do setor externo, divulgadas nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central, na comparação interanual, houve “redução de US$ 3,9 bilhões no saldo da balança comercial de bens e aumentos de US$ 743 milhões e de US$ 1,4 bilhão nos déficits em serviços e em renda primária, respectivamente”.
Com relação às transações correntes observadas nos 12 meses encerrados em maio, o resultado foi deficitário em US$ 32,9 bilhões, o que corresponde a 1,89% do Produto Interno Bruto (PIB, que é a soma de todas riquezas produzidas no país). No mês anterior, o valor estava em US$ 26,8 bilhões (1,57% do PIB); e em maio de 2021 estava em US$ 19,1 bilhões (1,3% do PIB).
Segundo a autoridade monetária, a balança comercial de bens foi superavitária no mês de maio de 2022, em US$ 3,4 bilhões, o que representa saldo positivo de US$ 7,4 bilhões na comparação com maio de 2021.
Tendo, ainda, como recorte, a balança relativa a bens, foi registrado um total de US$ 30 bilhões em exportações; e US$ 26,6 bilhões em importações – “incrementos de 13,8% e de 39,8% em comparação a maio de 2021, respectivamente”, informou o BC.
Serviços, viagens, transporte
A conta de serviços apresentou déficit de US$ 2,4 bilhões no referido mês, valor 45,5% maior do que o observado em maio do ano passado. Viagens internacionais registraram despesas líquidas de US$ 718 milhões em maio de 2022, ante aos US$ 139 registrados no mesmo mês de 2021.
“Na mesma base comparativa, e seguindo tendência dos meses recentes, os fluxos brutos de receitas de viagens expandiram 91,9%, totalizando US$ 373 milhões, e as despesas de viagens cresceram 227,3%, somando US$ 1,1 bilhão”, dizem as estatísticas.
Segundo o BC, as despesas líquidas de transportes somaram US$ 821 milhões em maio de 2022, ante US$ 307 milhões em maio de 2021, o que representa aumento de 167,6%. Aluguel de equipamentos registrou despesas líquidas de US$ 602 milhões.
Ainda com relação aos números relativos a maio de 2022, o déficit na conta de renda primária ficou em US$ 4,9 bilhões, valor 41,2% maior do que o obtido em maio de 2021.
Lucros e dividendos
Entre maio de 2021 e maio de 2022, as despesas líquidas de lucros e dividendos aumentaram de US$ 2 bilhões para US$ 4,2 bilhões “impulsionadas pelo aumento de US$ 1,9 bilhão das despesas brutas”, diz o levantamento.
“As despesas líquidas com juros somaram US$ 711 milhões em maio de 2022, ante US$ 1,5 bilhão em maio de 2021”, acrescentou ao informar que a redução de despesas brutas de juros “concentrou-se em operações de empresas de mesmo grupo econômico”.