Sábado, 15 de março de 2025
Por Redação O Sul | 14 de março de 2025
Formado por União, Estados, municípios e empresas estatais, o setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 104,1 bilhões em janeiro, informou nessa sexta-feira (14) o Banco Central (BC). O resultado representa uma melhora em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o resultado foi superavitário em R$ 102,1 bilhões.
Em relação à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que compreende os governos municipais, estaduais, federais e o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] – o resultado atingiu 75,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Ficou em R$ 8,9 trilhões em janeiro, uma redução de 0,8 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior.
“Essa evolução no mês decorreu, principalmente, dos resgates líquidos de dívida (redução de 0,8 p.p.), da variação do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.), do efeito da valorização cambial (redução de 0,3 p.p.) e dos juros nominais apropriados (aumento de 0,7 p.p.)”, informou a autoridade monetária.
De acordo com a instituição, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e BC) registrou superávit de R$ 83,1 bilhões no mês. Já os governos estaduais somaram um superávit de R$ 22 bilhões. As empresas estatais, por sua vez, tiveram déficit de R$ 1 bilhão.
No acumulado de 12 meses, o déficit primário foi de R$ 45,6 bilhões em janeiro, o que equivale a 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB). O Banco Central disse, ainda, que os juros nominais do setor público consolidado somaram R$ 40,4 bilhões em janeiro, ante os R$ 79,9 bilhões registrados em janeiro de 2024.
Contribuiu para a redução o resultado das operações de swap cambial que registraram um ganho de R$ 36 bilhões em janeiro, ante uma perda de R$ 10 bilhões em janeiro de 2024.
No acumulado em 12 meses, os juros nominais alcançaram 7,67% do PIB em janeiro de 2025, ficando em R$ 910,9 bilhões. Para efeito de comparação, nos doze meses até janeiro de 2024, o resultado foi de R$ 745,9 bilhões (6,77% do PIB).
Com isso, o resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi superavitário em R$ 63,7 bilhões em janeiro. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 956,5 bilhões (8,05% do PIB), ante déficit nominal de R$ 998,0 bilhões (8,45% do PIB) em dezembro de 2024. A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) ficou em R$ 7,2 trilhões em 2024, o equivalente a 60,8% do PIB.
“Esse resultado refletiu, sobretudo, os impactos do superávit primário (redução de 0,9 ponto percentual), do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,4 ponto percentual), da valorização cambial de 5,8% (aumento de 0,7 ponto percentual) e dos juros nominais apropriados (aumento de 0,3 ponto percentual)”, acrescentou a instituição.