Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 23 de abril de 2025
De acordo com recomendação médica, Bolsonaro não pode receber visitas no leito.
Foto: ReproduçãoO pastor Silas Malafaia compareceu, nesta quarta-feira (23), no Hospital DF Star, em Brasília, para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) se recuperando de cirurgia para tratar uma obstrução intestinal.
A “visita” de Malafaia acontece após, na manhã desta quarta, a bancada do PL se reunir em frente ao hospital para uma missa conduzida pelo padre Kelmon. Perguntado pela imprensa se iria ao encontro de Bolsonaro, Malafaia respondeu: “Acha que eu vim aqui à toa?”
De acordo com recomendação médica, Bolsonaro não pode receber visitas no leito. O ex-presidente passou por um procedimento que durou cerca de 12 horas, teve como objetivo a remoção de aderências intestinais — conhecidas como bridas — e a reconstrução de parte da parede abdominal. Essas alterações são comuns em pacientes que passaram por cirurgias abdominais anteriores e podem causar dor, obstruções e outros sintomas.
Oficial de Justiça
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu fazer a citação de Jair Bolsonaro no hospital após o ex-presidente realizar live nessa terça-feira (22). Bolsonaro foi tornado réu em investigação sobre susposta tentativa de golpe, na qual ele é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como líder da organização. O chamado núcleo 1, do qual Bolsonaro faz parte, tem mais sete pessoas.
Todos os integrantes da denúncia da PGR, aceita pelo STF, tinham sido citados com a informação do início da ação penal e a intimação para apresentação de defesa, conforme determinação de 11 abril.
Uma oficial de Justiça procurou Jair Bolsonaro no Hospital DF Star, nesta quarta, para comunicá-lo formalmente sobre a abertura do processo, no STF, que o julgará por tentativa de golpe de Estado. Como o ex-presidente está em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) se recuperando de uma cirurgia, a iniciativa gerou revolta em aliados, que avaliam que a intimação poderia ocorrer em momento posterior.
“Não custava nada esperar mais um dia, dois dias ou uma semana, até ele deixar a UTI. Isso em nada mudará o curso do processo”, argumentou um interlocutor do ex-presidente.
Segundo o STF, a divulgação dessa live “demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado hoje [quarta]”. Uma vez notificados, os réus têm prazo para questionar ou contestar trechos do julgamento de março.
Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes pode decidir sozinho ou submeter essas perguntas à análise da Primeira Turma.
Vencida essa etapa, começa a fase de instrução do julgamento. Neste momento, há coleta de provas, depoimento de testemunhas, interrogatórios e apresentação de novos argumentos da defesa.
Ao fim de todo esse procedimento, Bolsonaro e os demais réus irão de fato a julgamento – e serão considerados culpados ou inocentes pelos crimes listados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações são do portal de notícias Metrópoles.