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“Contribuição” retoma financiamento eleitoral ilegal

Há resistência no Congresso à volta da “contribuição” obrigatória, usada para bancar sindicalistas que ficam ricos com o dinheiro, porque políticos sabem o que está por trás do desespero das centrais sindicais e do ministro Luiz Marinho (Trabalho): restaurar a fonte de dinheiro que secou com a reforma trabalhista de 2017. Eles querem retomar também formas de financiar candidaturas ligadas à esquerda, sobretudo ao PT. Não por acaso, o tema ressurgiu com força em pleno ano de eleições municipais.

‘Mortadelas’, a origem

A pelegada usou esse dinheiro para criar os “mortadelas”, gente pobre recrutada na periferia para fazer número em atos pró-governos petistas.

Farra com o alheio

Carros de som, palanques, churrascadas, trios elétrico e panfletagens de campanhas “de esquerda” eram pagos com dinheiro da “contribuição”.

Sem votos gratuitos

Com o fim da “contribuição”, o PT perdeu apoio no interior e nas grandes cidades. Não por acaso, foi goleado pela centro-direita, em 2022.

O crime perfeito

Sindicalistas também usaram os recursos em campanhas para difamar adversários, certos de que nunca serão fiscalizados por órgãos tipo TCU.

Cláusula de barreira provoca pânico nos partidos

Confrontos recentes, como no União Brasil, PDT e PSDB, têm um fio condutor, que provoca guerras e rupturas irreparáveis nos partidos: a cláusula de barreira. Sem contar a disputa pelo controle dos bilionários fundões partidário e eleitoral, a exigência de desempenho a partir de 2026 ficará ainda mais rigorosa: partido sobreviverá se conseguir eleger ao menos 13 deputados federais ou somar 2,5% dos votos válidos, segundo a emenda nº 97, de 2017. Diversos partidos correm risco de extinção se não passarem por fusões ou coligações permanentes.

Contorno à Lei

Para driblar a extinção de partidinhos como o PCdoB, o Congresso criou em 2021 a federação partidária, coligação de 4 anos de duração.

Cada vez menos

Em 2022, só 12 grupos (três federações e nove partidos) atingiram a exigência. Outros 16 não tiveram requisitos mínimos de votos e eleitos.

Barata voa da década

A partir de 2030, federações ou partidos terão que eleger 15 deputados no mínimo ou obter 3% dos votos válidos em nove estados brasileiros.

Rumo à irrelevância

Em vez de procurar no mundo democrático e próspero, Lula foi procurar sua turma em convescotes para disputar holofotes com ditadores tipo Nicolás Maduro, em busca de aplausos contra seus insultos aos judeus,

Pra boi dormir

O deputado Evair de Melo (PP-ES) desconfia da generosidade de Lula, o “filantropo do Caribe”, ao prometer investimentos internacionais, “como se no Brasil não estivéssemos com déficit primário de R$249,1 bilhões”.

Fui ali

Eleito presidente do União Brasil, Antônio de Rueda decidiu dar um tempo, viajando com a família ao exterior. Afasta-se, assim, do ambiente que rendeu ameaças de morte contra ele e até sua filha de 12 anos.

Trabalho dobrado

A segurança do aeroporto de Viracopos (SP) teve um trabalhão nesta sexta (1). Bolsonaro desembarcou por lá para cumprir agenda em São Paulo. O “ex-presidente desgastado” foi recebido por uma multidão.

Ladeira abaixo

A língua solta de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, deixou sinais nas ações da empresa, que fecharam a semana em queda de mais de 4% após o ex-petista falar em redução de dividendos.

Pegou mal

Com ameaça de convocação pela oposição, a ministra Nísia Trindade (Saúde) suspendeu nota que flexibilizava o aborto. “A gente está falando da morte de crianças”, alertou o delegado Fábio Costa (PP-AL).

Dízimo do governo

O governo não desistiu de tentar garfar um pedaço do salário de líderes religiosos. A previsão é de que ainda em março a equipe de Fernando Haddad (Fazenda) mande uma proposta de tributação.

Vale um chiclete

Só piora a vida do pequeno investidor que apostou em papeis das Americanas. Depois de muito tempo na casa do R$1, a ação que já valeu R$121 fechou a sexta (1) valendo pouco mais de R$0,50.

Pensando bem…

…agora será a vez do ato “democrático” anti-manifestação.

PODER SEM PUDOR

Má companhia

Virgílio Távora era o governador do Ceará, em 1953, e viajava com o “coronel” Mário Leal em avião tão pequeno quanto precário. O motor parou. “Coronelzinho, são quatro horas da tarde e, pelo visto, nós ainda vamos ter tempo de jantar com os cão dos inferno!” desabafou Mário Leal. Távora não gostou, mas não disse nada, preocupado. Até que o piloto fez o motor funcionar de novo e o avião pousou em paz. Távora cobrou do amigo: “Por que você disse que nós íamos jantar com os cão dos inferno?!” Mário Leal olhou para o céu, coçou o cangote e disse, com todo respeito: “Excelência, senhor governador, eu sei com quem eu ando…”

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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