A Controladoria-Geral da União (CGU) informou que está apurando a denúncia de adulteração de informações do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentada ao órgão no fim do ano passado. A investigação preliminar sumária corre sob sigilo.
Informações do Ministério da Saúde encaminhadas à CGU apontam a possibilidade de o cartão de vacinação ter sido adulterado no banco de dados do próprio ministério. Há um registro de que Bolsonaro teria sido vacinado contra a covid com uma dose da Janssen, em 19 de julho de 2021, na Unidade Básica do Parque Peruche, bairro de São Paulo.
Adulteração
Indícios reforçam, porém, a tese de que hackers tenham adulterado a carteira digital de vacinação do ex-presidente e vazado a imagem em sites e redes sociais. Na data, o então chefe do Executivo já estava em Brasília, após passar quatro dias internado na capital paulista por causa de uma obstrução intestinal.
Ao longo da pandemia, que ceifou a vida de quase 700 mil pessoas no País, Bolsonaro duvidou da eficácia da vacina, deu declarações desestimulando a imunização em massa e negou que tivesse se vacinado. Ele nunca tornou público o seu cartão de vacinação.
Devido à investigação sobre a suposta fraude, a Controladoria considera prudente aguardar o resultado das apurações antes de tomar a decisão. O prazo legal para julgamento do recurso expira em 13 de março.