Quinta-feira, 13 de março de 2025
Por Redação O Sul | 12 de março de 2025
Deve acontecer nos próximos dias a conversa entre o presidente Lula e o ex-presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, para concretizar o próximo movimento da reforma ministerial – a ida do senador do PSD para o governo. Em entrevista ao Estado de Minas, Lula disse que Pacheco “pode ser o que quiser” e disse que ele “tem tudo para ser o futuro governador de Minas Gerais”.
Depois disso, longo do dia, na terça-feira (11), vários emissários do Palácio do Planalto procuraram interlocutores de Pacheco para articular essa conversa. Nos bastidores, Pacheco tem deixado claro que não recusaria um convite de Lula – até porque precisa de uma vitrine mais vistosa do que o Senado para se viabilizar como candidato competitivo ao governo do Estado.
Mas tanto do lado de Lula como de Pacheco, os aliados acreditam que o único ministério possível para o senador é o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio – hoje ocupado por Geraldo Alckmin. Pacheco já esteve cotado para a Justiça, mas a dificuldade de demitir o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandovski tem sido apontada como impeditivo
Dilema parecido permanece no caso do MDIC, uma vez que o atual titular da pasta é o vice, Geraldo Alckmin. Nesse caso, porém, a troca não seria tão traumática como no caso de Lewandowski, que já expressou mais de uma vez nos bastidores a mágoa com o fato de ter sido cogitada sua saída.
Ao contrário de Lewandowski, que teria que ir para casa, Alckmin continuaria vice-presidente, com cargo e estrutura para continuar fazendo política (uma das possibilidades para ele em 2026 é se candidatar ao Senado por São Paulo).
Ainda assim, aliados de Lula veem um constrangimento do chefe para tirar Alckmin do posto, e dizem que a esta altura ele já deveria ter se oferecido para sair do ministério caso o presidente precise. Isso, no entanto, Alckmin ainda não fez.
Pelo contrário, ele anda mais ativo do que nunca nas negociações para tentar evitar as sobretaxas que o governo Donald Trump, nos Estados Unidos, quer impor a produtos brasileiros como o aço e o etanol. (Estadão Conteúdo)