Sexta-feira, 01 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de agosto de 2022
Entre os dias 29 e 31 de agosto, cooperativistas do setor laneiro estiveram se reunindo com a imprensa, com produtores e com a comunidade na 45ª Expointer.
Foto: Anna Alves/O SulA Federação das Cooperativas de Lã (Fecolã), em parceria com a Cooperativa de Lãs Mauá, com a Cooperativa de Lãs de Quarai, e com a Cooperativa de Lãs Tejupá, comemora o aniversário de 70 anos de cooperativismo laneiro. Para celebrar os anos de história, a entidade esteve promovendo três dias de programações na 45ª Expointer, em Esteio, entre os dias 29 e 31 de agosto. Os dirigentes e ovinocultores estiveram confraternizando com a imprensa, com produtores e com as indústrias do setor.
De acordo com o presidente da Fecolã, Leocádio Ledesma, a proposta das atividades foi trazer os produtores e entidades para dentro da realidade das cooperativas. Há 20 anos, o mercado laneiro vem enfrentando diferentes crises e perdendo espaço para os materiais sintéticos. “Nós vivemos uma crise hoje por causa da pandemia, por causa da guerra. A lã tem um destino certo, só que nós queremos entusiasmar a indústria para pensar coisas novas”, afirma Ledesma. Segundo a entidade, atualmente, o desafio principal é integrar entidades e criadores para, em conjunto, desenvolver ações capazes de provocar a restruturação da cadeia produtiva da ovinocultura.
Edison Lunes Ferreira, presidente Cooperativa de Lãs Mauá, aponta que os produtores apostam no mercado interno para fomentar as negociações. “Nesse momento, nós estamos começando a ter a possibilidade de rever o mercado interno e nós apostamos muito nele. O Brasil é hoje o 7º maior mercado consumidor do mundo. Nós temos cerca de 577 mil toneladas de fibras processas anualmente. Nós temos o 6º maior mercado de tecidos do mundo”.
No meio do cooperativismo, no passado, o setor era bastante expressivo. Há 70 anos, na fundação da Fecolã, 23 as cooperativas eram associadas à federação, hoje restam apenas três em funcionamento, localizadas em Jaguarão, Quaraí e São Gabriel, as Cooperativas de Lã Mauá, Quaraí e Tejupá, respectivamente, que juntas reúnem pouco mais de 500 associados. “Essa crise vai acabar se nós trabalharmos. Se nós não fizermos força, essa crise não irá passar. Se nós trabalharmos, o futuro vai chegar de alguma forma”, destaca o Ledesma.
A Federação tem o objetivo de estimular as atividades cooperativistas no Rio Grande do Sul, produção, industrialização e comercialização da lã. Atua junto aos poderes públicos e instituições privadas para as soluções dos problemas da lã e da ovinocultura, representado e defendendo os interesses de suas filiadas, com a finalidade de apoiar e desenvolver ações e atividades que resultem na manutenção, no desenvolvimento e, na integração social de seus associados.