Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2022
Gvardiol (Croácia), Martinez (Argentina) e Tchouaméni (França) foram os jovens destaques no Mundial.
Foto: Reprodução/Twitter FifaEncerrada no domingo, a Copa do Mundo do Catar marcou a transição entre gerações do futebol. Se ao mesmo tempo craques como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Luka Modric e Robert Lewandowski não devem participar de outros Mundiais, nomes como Enzo Fernández, Gonçalo Ramos, Jude Bellingham, Aurelién Tchouaméni, Pedri e Cody Gakpo surgiram como jovens estrelas internacionais que, salvo acidentes ou imprevistos, chegarão ao auge na Copa de 2026, que acontece nos Estados Unidos, Canadá e México.
Desde 2008, apenas quatro jogadores foram eleitos pela Fifa como melhores do mundo: Messi (seis vezes), Cristiano Ronaldo (cinco), Lewandowski (duas) e Modric (uma). Nunca, desde que foi criada em 1991, a premiação ficou tanto tempo concentrada nos pés de tão poucos jogadores. Agora, com todos eles acima dos 34 anos, uma nova geração pede passagem e mostrou durante a Copa do Catar que tem talento suficiente para brilhar por mais uma década.
A começar pela campeã Argentina, que revelou-se uma equipe para além do fantástico Messi. Aos 21 anos, Enzo Fernández foi eleito pela Fifa o melhor jogador jovem da Copa do Catar. Mesmo tão novo, já é considerado um dos melhores meio-campistas do mundo. Revelado pelo River Plate, hoje defende o Benfica, de Portugal, e destaca-se pela capacidade de ditar o ritmo do jogo ao comandar a transição entre defesa e ataque.
Brilhantismo técnico
Na França, muito do show apresentado pelo fenômeno Kylian Mbappé, que completa 24 anos nesta terça-feira, deve ser colocado na conta do volante Aurelién Tchouaméni, de 22 anos. Extremamente calmo e com uma maturidade para além da sua idade, ele consegue conciliar consciência tática com brilhantismo técnico para roubar bolas no meio-campo e servir os companheiros no ataque. Tem sido assim no seu clube, o Real Madrid, e foi assim na Copa.
A terceira colocada Croácia revelou ao mundo o zagueiro Gvardiol, 20 anos, melhor da sua posição na Copa. Nem mesmo o baile que tomou de Messi na semifinal foi capaz de apagar a ótima impressão que ele deixou no Catar. Sempre bem posicionado, chamou atenção pela quantidade de interceptações que fez no Mundial e pode trocar o RB Leipzig pelo Chelsea já na próxima janela de transferências.
Ponto positivo ainda para a geração jovem da Inglaterra, que caiu nas quartas de final para a França, mas deu mostras de que tem potencial para ir mais longe. Aos 19 anos, Jude Bellingham é o típico meio-campista moderno ideal: habilidoso, forte, inteligente e com poder de fogo no ataque.
Já Bukayo Saka, de 21 anos, é um ponta extremamente veloz, tem um jogo muito dinâmico pelas beiradas do campo, onde parece criar espaços que não existem. Características que dificultam – e muito – a vida dos seus marcadores e que o ajudaram a fazer três gols no Mundial do Catar.
E o Brasil?
Sobretudo no ataque, o Brasil se apresentou no Catar com jogadores jovens, com idade para disputar ao menos mais uma ou duas Copas em alto nível. São os casos de Rodrygo, 21 anos, Vinícius Junior, 22, Richarlison, 25, Martinelli, 21, Antony, 22, Pedro, 25, e Raphinha, 26. O aproveitamento deles na seleção para o ciclo até a Copa de 2026, no entanto, depende das respostas de duas perguntas. Quem será o sucessor de Tite? Neymar vai continuar defendendo a seleção?