Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2024
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve nessa quarta-feira (31), pela segunda vez seguida, a taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano. A manutenção se deu, segundo o Copom, pelo cenário global incerto e pela elevação das expectativas de inflação. No comunicado, o comitê afirmou que “monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”.
É a segunda vez consecutiva que a taxa básica de juros permanece estável após uma reunião do Comitê. A Selic estava em 13,75% ao ano em julho do ano passado. Em agosto, o BC deu início a um ciclo de cortes, mas esses recuos foram interrompidos na última reunião do Copom, em junho, por unanimidade. Ao permanecer em 10,50% ao ano, a taxa segue no menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,25% ao ano, mas depois subiu.
O Copom é formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por oito diretores da autarquia. A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. A taxa influencia todas as taxas de juros do País, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Para o fechamento deste ano, a estimativa do mercado para o juro básico da economia continua em 10,50% ao ano, segundo o relatório “Focus”, divulgado nessa segunda-feira (29) pelo Banco Central. A pesquisa é feita com mais de 100 instituições financeiras.
O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da Selic. Em 2024, o colegiado vai se reunir mais três vezes:
17 e 18 de setembro
5 e 6 de novembro
10 e 11 de dezembro
Com isso, o mercado segue prevendo que não haverá mais reduções da taxa Selic no restante deste ano. Nas semanas anteriores, os economistas do mercado financeiro já esperavam a manutenção da Selic no atual patamar de 10,50% ao ano – taxa definida após as sete reduções seguidas promovidas pelo Banco Central desde agosto do ano passado.
Em junho, ao divulgar a ata da reunião do mês anterior, o Banco Central informou que o controle das estimativas de inflação, que estão em alta, requer uma “atuação firme” da autoridade monetária, acrescentando que se manterá “vigilante”.
Além disso, avaliou que “eventuais ajustes futuros” na taxa de juros, com possíveis aumentos na Selic, “serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.