Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 6 de fevereiro de 2020
Desde que o coronavírus surgiu na China o governo brasileiro tem feito um bom trabalho para proteger a população, inclusive contra grave pandemia, por exemplo. Até já comprou mais de R$150 milhões em materiais como seringas, medicamentos, máscaras etc. Mas o Ministério da Saúde e a Secretaria de Comunicação batem cabeças e não se entendem, escondendo as providências com medo de alarmar a população. Não percebem que pânico é o filho da desinformação.
Falta alinhar
As abordagens são distintas. A Secretaria de Comunicação (Secom) prefere esperar eventual infectado no Brasil para começar a agir.
O melhor é prevenir
O Ministério da Saúde defende estratégia diferente: “é melhor prevenir contra o fogo do que gritar quando o fogo já começou”, diz uma fonte.
Combate é prevenção
Para a Saúde, não se pode esperar o aparecimento de infectados para orientar a população sobre o que deve ser feito no combate ao vírus.
Eles se trumbicam
O governo teve cuidados extraordinários, na preparação do resgate dos brasileiros na China. Mas fez a opção de esconder isso dos brasileiros.
Recesso retardou oferta de empregos para jovens
Juristas fizeram alertas sobre as consequências do marasmo e da vida boa de parlamentares (com férias de quase dois meses) na oferta de empregos para os mais jovens. É que a medida provisória 905, que criou o Contrato Verde Amarelo, e serviu de base para planejamento de custos de empresas, ainda não foi convertida em lei e pode “gerar insegurança jurídica” nos negócios e desestimular novos investimentos.
Além da folga de 48 dias até o dia 3, há o recesso de 15 dias em julho.
Olha o problema
Caso a MP não vire lei, as contratações devem seguir normas antigas, mas será motivo de judicialização entre empresas e empregados.
Contratações vão sofrer
“As empresas se organizaram para ter um custo com as novas regras e sem virar lei, altera a programação”, alerta o advogado Peterson Vilela.
Ainda há tempo
Para o advogado trabalhista Leonardo Gonzalez, a situação ainda não é grave. Ele diz ser “mais prudente” aguardar prazo de validade da MP.
ICMS pornográfico
Bolsonaro desafiou governadores a zerar o ICMS dos combustíveis, em troca do fim dos impostos federais. Se não encaram essa, poderiam ao menos reduzir a carga tributária pornográfica de 30% sobre cada litro.
Os bravos da FAB
E os onze da FAB que vão à China resgatar brasileiros, hein? Homens e mulheres que deixaram as famílias para ir ao lugar de onde ninguém quer se aproximar. Merecem condecoração por bravura, no mínimo.
Paraguaios na bronca
Primeiro ministro de Bolsonaro a visitar o Paraguai, Ernesto Araújo (Relações Exteriores) teve de ouvir reclamações sobre a redução de negócios com o Brasil, hoje o terceiro parceiro comercial daquele país.
Era só campanha
Ao contrário da “grande imprensa” brasileira, que subiu no palanque do Partido Democrata para macaquear colegas americanos, esta coluna avisou que não havia chance de Donald Trump sofrer impeachment.
Profissão mentira
Circula um vídeo em que a “documentarista de ficção” inscrita no Oscar mente na TV pública americana sobre o Brasil, Bolsonaro, campanha de 2018 e quadrilheiros do seu partido, o PT. Maior cara de pau.
TST mandou bem
Foi animadora a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de não reconhecer “vínculo empregatício” de motoristas do Uber, diante do frequente justiçamento de empregadores por motivação ideológica.
Pelegada nunca mais
Em Brasília, a deputada Arlete Sampaio (PT) contou que sindicalistas apresentarão uma “opção” à privatização da CEB, estatal de energia que eles quebraram. Ainda bem que ninguém leva a pelegada a sério.
Viciado em impostos
Para Charles Alcantara, presidente da Federação do Fisco, a ideia do presidente Jair Bolsonaro de zerar tributos federais sobre combustíveis trará “aumento da miséria e da violência e da exclusão social”. Hã?
Pensando bem…
…se Alexandre Frota é a “bússola moral” das indicações do governo, o próximo passo só pode ser Lula virando chefe do Tesouro Nacional.
PODER SEM PUDOR
A Batalha de Itararé
O ex-presidente FHC ainda se diverte quando lembra o dia em que destacou o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, aquele do escândalo Sivam, para atuar como mediador de uma crise Peru-Equador. “Engalanado e investido de poderes plenipotenciários”, recordou-se FHC, divertido, papeando com amigo, “ele não pôde cumprir a missão: acabou protagonizando uma autêntica Batalha de Itararé, aquela que não houve.” É que, ao desembarcar, o diplomata foi acometido de uma diarreia que durou cinco dias.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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