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Corpo de Emílio Santiago é exumado para teste de DNA de suposto filho

Segundo o advogado de Aleksander, a expectativa é positiva e o resultado deve sair em 30 dias. (Foto: Reprodução)

O corpo do cantor Emílio Santiago, que morreu em 2013, foi exumado na manhã desta quinta-feira (27), no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio.

O material genético foi recolhido com sucesso e lacrado para análise de DNA. A medida ocorre para que o suposto filho, Aleksander Nunes, de 43 anos, possa realizar um teste para confirmar ser ou não herdeiro do músico.

O advogado do suposto filho, o resultado do exame de DNA deve sair em até 30 dias. A exumação havia sido marcada inicialmente para a semana passada, mas não ocorreu por uma falta de comunicação entre a polícia civil e o laboratório.

“A gente ficou aguardando a exumação acontecer, houve uma demora muito grande, o que é fora do comum, e entramos em contato com o Tribunal junto com o laboratório e houve uma comunicação truncada. Eles não marcaram a perícia com a polícia civil e o IML que têm de acompanhar”, informou o advogado Bruno Maher, que defende Alexsander Nunes.

Aleksander sofreu um AVC há dois meses e foi proibido pela médica de dar entrevista. “Ele está medicado e muito emocionado. Estamos preservando a saúde dele em primeiro lugar”, acrescentou Bruno.

O cantor Emílio Santiago morreu em 2013, aos 66 anos, depois de ter um AVC. Desde então, Aleksander luta na justiça para comprovar que é seu filho. De acordo com Bruno, a revelação da paternidade foi feita pela sua avó, em 2006, depois que a mãe de Aleksander morreu. Ele está disputando uma herança avaliada em R$ 10 milhões, dentre direitos autorais, imóveis e outros bens.

Cantor

Emílio cursou a Faculdade Nacional de Direito, na década de 1960, inicialmente para se tornar um advogado. Ao decorrer do curso, Emílio desejou ser diplomata, pois o incomodava o fato de não existirem negros nos quadros do Itamaraty.

Emílio já cantava nos bares da faculdade, em roda de amigos, apenas por diversão. No início, não queria se tornar um cantor profissional e tampouco pensava nisso. Quando as inscrições do festival de música da Faculdade foram abertas, os amigos de Emílio o inscreveram sem que ele soubesse. Emílio participou e venceu o concurso, chamando a atenção dos jurados, entre eles, Beth Carvalho. A partir daí, sua presença em festivais estudantis era frequente, ganhando todos os concursos dos quais participava.

A música já falava mais alto na vida de Emílio, porém, concluiu o curso de Direito por insistência de seus pais. Nesta mesma década, participou de um conceituado programa de auditório, chegando as finais no programa de Flávio Cavalcanti, na extinta TV Tupi.

Em 1973, lançou o primeiro compacto pela Polydor com as canções Transa de amor e Saravá Nega, que o levou a uma maior participação em rádios e programas de televisão

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