Por Redação O Sul | 4 de abril de 2021
Timóteo morreu no sábado, aos 84 anos, em decorrência de complicações da Covid-19
Foto: Reprodução/InstagramO corpo do cantor Agnaldo Timóteo foi sepultado, no início da tarde deste domingo (4), no cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Ele morreu no sábado (3), aos 84 anos, em decorrência de complicações da covid-19.
Não houve velório, e a cerimônia de despedida foi restrita a um pequeno número de parentes em razão da pandemia de coronavírus.
Timóteo iniciou a carreira na década de 1960 e se consolidou com canções românticas. Na política, teve mandatos como deputado federal e vereador em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Agnaldo Timóteo Pereira nasceu em Caratinga, no interior de Minas Gerais, em 16 de outubro de 1936. Apaixonado por música desde cedo, se apresentava em circos itinerantes que chegavam à cidade.
Timóteo passou a cantar em programas de calouros em rádios de Caratinga, Governador Valadares e Belo Horizonte. O artista conciliava as apresentações com o trabalho de torneiro mecânico. Em Minas, interpretava canções de Cauby Peixoto e ficou conhecido como “Cauby mineiro”.
Na década de 1960, mudou-se para o Rio de Janeiro atrás de oportunidades na música e começou a trabalhar como motorista da cantora Ângela Maria. Timóteo gravou seu primeiro disco após indicação da cantora em 1961, mas demorou a estourar.
A projeção veio após participação no programa de Jair de Taumaturgo na TV Rio, quando ganhou todos os prêmios da atração e foi contratado pela gravadora EMI-Odeon.
Com o LP “Surge um Astro”, emplacou o hit “Mamãe” (versão de “La Mamma”, de Charles Aznavour) e passou a participar do programa “Jovem Guarda”. O início da carreira foi todo focado em versões de sucessos internacionais.
Com o álbum “Obrigado Querida”, lançado em 1967, alcançou o primeiro lugar nas gravadoras do País e seu primeiro grande hit foi “Meu grito”, canção de Roberto Carlos.
A partir de então, se consolidou como cantor romântico e lançou outros sucessos como “Ave-Maria”, “Verdes campos” e “A galeria do amor”. Timóteo gravou mais de 50 discos, alternando entre o romântico e o brega.
Trajetória política
Timóteo iniciou sua atuação como político em 1982, quando foi eleito deputado federal no Rio de Janeiro pelo PDT. Durante o mandato, brigou com Leonel Brizola e transferiu-se para o extinto PDS.
Candidatou-se ao governo do Estado em 1986, mas foi derrotado por Moreira Franco. Foi reeleito deputado federal em 1994 e renunciou dois anos depois para assumir como vereador na cidade do Rio de Janeiro.
Em 2005, assumiu como vereador em São Paulo pelo PP e foi reeleito em 2008.
