Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O PDT mostrou, ontem à noite, o que significa ficar 22 anos fora do Palácio Piratini, desde que Alceu Collares terminou o mandato. Líderes e militantes, vindos de 82 municípios, lotaram o plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre para escolher Jairo Jorge como pré-candidato à sucessão de José Ivo Sartori. Evento do partido com tantos participantes, só em 1990, quando Collares foi escolhido na convenção para concorrer ao governo do Estado.
Tom Moderado
O discurso de Jairo Jorge foi recheado de citações aos líderes históricos do trabalhismo, revelando que já domina o tema. Disse que nunca recebeu tanto carinho e atenção ao longo de quase 40 anos de vida partidária. Justifica-se: ao contrário do PT, dividido entre correntes e tendências que se digladiam, o PDT é uníssono.
Dirigindo-se à sua mãe, dona Gasparina, ele disse que a posição desfavorável em pesquisas não assusta. Quando concorreu pela primeira vez à Prefeitura de Canoas, em 2008, apareceu com 0,7% das intenções de voto, cresceu e venceu por duas vezes.
Outros cargos
O ex-deputado Vieira da Cunha foi citado em alguns pronunciamentos como pré-candidato ao Senado. É a mesma intenção do ex-prefeito José Fortunati. A definição ainda dependerá de coligações que o PDT venha a fazer.
Nada mudou
A 6 de outubro do ano passado, José Ivo Sartori e outros sete governadores foram chorar no gabinete principal do Palácio do Planalto, tentando ver pingar alguns milhões no chapéu de cada um. Saíram comovidos com os lamentos do presidente Michel Temer. Na descida da rampa, balbuciaram: “Tão alegre que viemos e tão tristes que voltamos”.
Mandões
É vergonhosa e humilhante a submissão, cada vez mais frequente, dos governadores ao Ministério da Fazenda. Não haverá justiça enquanto o poder em Brasília for unitário e conservador. O que se deseja é um Estado federal, pluralista e progressista. Pilotando poltronas confortáveis em gabinetes luxuosos, tecnocratas não permitem a difusão ordenada do poder.
Radiografia
Ao ver as galerias lotadas pelas corporações em votações da Assembleia Legislativa, dá-se razão ao diplomata Santiago Dantas: “As pessoas só se comovem com seus próprios interesses”.
Há 30 anos
Os jornais de 6 de outubro de 1987 noticiaram: “Dívida rola e Pedro Simon pode governar”. Porém, o secretário da Coordenação e Planejamento, Cláudio Accurso, menos eufórico, previu a inexistência de condições para fazer algum investimento. A circunstância, há exatos 30 anos, é trazida para relembrar que o problema financeiro do Estado vem de longe e não poderá se arrastar para sempre.
Na pressa
O Senado institui a votação a jato. Ontem pela manhã, aprovou o projeto que regulamenta a distribuição de recursos do Fundo Especial de Financiamento da Campanha. Na noite de terça-feira, os deputados federais tinham dado o “sim”. Quando se trata de interesse próprio, não para em gavetas.
Sai ou não sai?
O PSDB nacional vive um dilema: se deixar o governo Temer, o PMDB ajudará a condenar o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Se mantiver os cargos no Ministério, sofrerá o desgaste do governo, comprometendo a campanha à Presidência.
Reforço
O vereador Luciano Marcantonio, do PTB, é desde ontem o vice-líder do governo Marchezan na Câmara Municipal. A escolha levou em conta sua proximidade com a maioria das associações de bairros. Na liderança segue o vereador Moisés Maluco do Bem, do PSDB.
Nova fase
Na Câmara Municipal, foi lançada ontem a Frente Parlamentar para Recuperação do Quarto Distrito. De Londres, via Skype, participou o urbanista e professor Benamy Turkienicz, que faz pós-doutorado em Arquitetura. Foi o autor do primeiro plano de modernização da área que já próspera e ficou conhecida em Porto Alegre como Bairro-Cidade.
Propaganda às avessas
Le Monde, Clarín, New York Times, The Guardian, BBC, entre jornais, noticiaram ontem a prisão de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Rio 2016.
Radiografia
Na administração pública e na política acontece: manda quem acha que pode.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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