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Mundo Corrida à Casa Branca: a quatro dias das eleições, Lula diz “que seria bom ter Kamala no poder”

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Candidata democrata enfrentará Donald Trump, do Partido Republicano. (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nessa sexta-feira (1º) que uma vitória da candidata Kamala Harris nas eleições dos Estados Unidos (EUA) representa um caminho mais “seguro para fortalecer a democracia”.

As eleições norte-americanas estão marcadas para a próxima terça-feira (5). A candidata democrata, que conta com a torcida de Lula, vai enfrentar o ex-presidente Donald Trump, do partido Republicano.

“Com Kamala Harris é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia. Nós vimos o que foi o presidente Trump […], aquele ataque ao Capitólio. Uma coisa que era impensável acontecer nos EUA, porque se apresentavam ao mundo como modelo de democracia. E esse modelo ruiu”, disse Lula.

O chefe do Executivo brasileiro deu a declaração durante entrevista ao canal francês TF1. O petista alegou que evita dar palpites sobre as eleições em outros países, mas que, como “um amante da democracia”, apoia a atual vice-presidente norte-americana.

“Temos as mentiras destiladas todo santo dia. Não apenas nos Estados Unidos, mas na Europa, na América Latina, em vários países no mundo. É o nazismo e o fascismo voltando a funcionar com outra cara”, disse o petista.

Risco Trump

O Palácio do Planalto vê com receio a possibilidade de Donald Trump vencer o pleito norte-americano.

Pesquisas mais recentes de intenção de voto nos Estados Unidos apontam uma disputa acirrada, com possibilidade de vitória do candidato republicano – o que tem deixado o núcleo duro do governo Lula pessimista.

A preocupação no Planalto tem duas perspectivas: a política e a econômica.

No campo da política, o receio brasileiro é de que a vitória de Trump gere um efeito dominó em vários países, em especial nos latino-americanos, a exemplo do Brasil.

Esses integrantes do governo lembram que em 2016, o republicano saiu vitorioso na disputa contra a democrata Hillary Clinton e, dois anos depois, Jair Bolsonaro venceu a corrida contra Fernando Haddad (PT) e foi eleito presidente brasileiro.

A avaliação é de que o discurso de extrema direita de Trump tem potencial para influenciar o xadrez político internacional.

Esse receio é externado, principalmente, pelo presidente Lula, que já fez vários discursos em fóruns mundiais sobre o que considera perigos do avanço da extrema-direita no mundo, como o crescimento de discursos de ódio e da xenofobia.

A outra preocupação é com a economia brasileira. O Palácio do Planalto projeta que, com a vitória do republicano, a tendência nos Estados Unidos é de valorização da moeda. E o reflexo do dólar valorizado é a pressão inflacionária no Brasil.

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