Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2023
Lula também já indicou não ter pretensão de reconduzir Aras para o comando da PGR.
Foto: Joédson Alves/Agência BrasilO presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir nesta semana com os principais cotados para assumir a Procuradoria-Geral da República (PGR). Os favoritos para substituir Augusto Aras já começaram a ser procurados pelo Palácio do Planalto e terão audiências com o petista nos próximos dias.
Lula também já indicou não ter pretensão de reconduzir Aras para o comando da PGR. O presidente já está com o histórico de cada um dos candidatos, como por exemplo o que cada um pensa sobre a Lava Jato, histórico de declarações sobre a operação e com quem se relacionam em Brasília. Também integram o levantamento dados do perfil de atuação de cada um e as opiniões sobre as demandas de carreira do Ministério Público Federal.
O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, se reuniu separadamente com todos os cotados e é um dos interlocutores de Lula que vem reunindo informações sobre os candidatos.
Entre os critérios que devem nortear a escolha estão a capacidade que o novo procurador-geral terá de evitar que novas operações com o modelo da Lava Jato se repitam e de que procuradores com esse perfil se “reaglutinem” no Ministério Público Federal (MPF). O presidente também procura alguém que proponha revisão dos métodos aplicados na época.
Atualmente, os favoritos ao posto são os subprocuradores-gerais Paulo Gonet e Antônio Carlos Bigonha. O mandato de Aras como procurador-geral da República termina no próximo dia 26, e Lula tem indicado que não pretende deixar o cargo vago.
Gonet, que atualmente é vice-procurador-geral Eleitoral, conta com os apoios dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, que têm mantido grande proximidade com Lula. Enquanto Bigonha é o nome favorito de petistas que são próximos ao presidente e fazem parte do núcleo jurídico da Presidência.
Caso não haja uma definição até a data em que Aras deixará o posto, quem assume de forma interina é a subprocuradora-geral da República Elizeta Ramos, eleita na última semana vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF). Pessoas próximas ao presidente, contudo, afirmam que, mesmo que ela assuma por alguns dias, seria só o tempo necessário para o Senado sabatinar e aprovar o nome escolhido por Lula.
A permanência de Elizeta, considerada desconhecida por Lula, não é uma hipótese aventada no Palácio do Planalto. Além disso, há a tentativa de evitar a abertura de espaço para que a subprocuradora, uma vez no cargo, tente se cacifar para seguir na cadeira que pode assumir de forma interina.
