O presidente da República, Jair Bolsonaro, indicou que pode apoiar a proposta de flexibilizar o ‘Teto de Gastos’, como defendem militares e integrantes da Casa Civil. Bolsonaro afirmou que a questão é “matemática”, mas não deixou claro o que pretende fazer efetivamente. Na Semana da Independência, o presidente fala em “cortar a luz de todos os quartéis do Brasil”.
Bolsonaro se referia à flexibilização no limite de gastos do governo. “Nós temos um orçamento com as despesas obrigatórias, que já estão subindo. Acho que daqui a dois ou três anos vai zerar as despesas discricionárias”, afirmou.
Teto de Gatos
Aprovado durante o governo do ex-presidente Michel Temer, o Teto de Gastos é um instrumento que limita o crescimento das despesas do Orçamento à inflação. A possibilidade de alterar a norma divide as alas política e econômica do governo.
A preocupação com o aperto fiscal no grupo político e militar ao redor do presidente cresceu porque, mesmo que o governo consiga ampliar a arrecadação e reduzir o rombo das contas públicas nos próximos anos, o Teto de Gastos apertado e o avanço das despesas obrigatórias (como o pagamento de salários e aposentadorias) reduzirão o espaço para investimentos em obras e programas do governo.