Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 1 de dezembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O pacote tributário de Fernando Haddad (Fazenda), travestido de corte de gastos, não convenceu analistas do mercado financeiro que veem chance de a manobra gerar um déficit ainda maior dos que os R$ 100 bilhões projetados. Até a arrecadação com a taxação de lucros causa desconfiança, “empresários podem simplesmente não distribuir seus dividendos”, explica o economista Igor Lucena, da Amero Consulting. Para Lucena, os números de Haddad “não são confiáveis”.
Abismo à frente
“Não há interesse em combater o déficit fiscal”, diz Lucena ao citar os R$ 100 bilhões devidos e os R$ 35 bilhões que podem ser economizados.
Gasta muito e mal
A merreca que o “corte” pode poupar está longe de resolver a questão fiscal. O analista diz que o mercado já projeta inflação acima dos 5%.
Falta corte no corte
Lucena lembra das estatais deficitárias, ignoradas por Haddad, “Esse buraco de estatais ineficientes termina sendo pago pelos impostos”.
Pernas curtas
A reação do mercado financeiro veio logo cedo. Enquanto “Malddad” explicava o corte fake, o dólar disparou e a cotação bateu os R$ 6.
Governo torra R$ 150 milhões com viagens em 20 dias
O governo Lula (PT) torrou mais de R$ 150 milhões apenas entre os dias 8 e 28 de novembro, segundo dados do Portal da Transparência, no qual é por lei obrigado a informar despesas. Em 2024, a administração petista gastou mais de R$ 1,65 bilhão com passagens aéreas e especialmente as diárias pagas aos funcionários deslocados. Diárias custaram mais de R$ 1,03 bilhão aos pagadores de impostos brasileiros este ano, enquanto as passagens, quase todas aéreas, custaram outros R$ 605,4 milhões.
“Ressarcimento”
O valor com diárias pagas a funcionários de Lula em 2024 já supera todos os gastos com viagens em todo o ano de 2021 (R$ 790 milhões).
Histórico
O ano não acabou, mas 2024 já é o segundo ano com as maiores despesas do governo federal na História, só perde para… 2023.
As milhas voltaram
Em 2023, o governo Lula bateu todos os recordes de gastos com viagens e diárias: R$2,3 bilhões.
Um país que quebra
Alguns dias após o CEO mundial do Carrefour anunciar veto às carnes brasileiras (e pedir desculpas), o valor do Real ante ao Euro atingiu a mínima histórica: um euro bateu R$6,46. O dólar, R$6,10.
Cara primeira-dama
Iniciativa do deputado paulista Guto Zacarias (União), faz sucesso nas redes o “Janjômetro”, compilado toda gastança da primeira-dama. Até o momento, diz o site janjometro.com, foram R$63 milhões.
Astro de Boliúde
O economista Paulo Rabelo de Castro, que já presidiu o IBGE e o BNDES, achou uma característica relevante do ministro da Fazenda, Fernando Haddad: “Parece cineasta indiano”. Com ar de cansaço.
Brincando de estátua
Favorito na disputa pela sucessão de Arthur Lira (PP-PB) na presidência da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB) submergiu e emudeceu. Nem perguntado fala sobre o fiasco do pacote Malddad. Fingiu-se de morto.
Mais uma na conta
Só na última semana que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres teve autorização para sair de casa e cuidar da mãe que, aos 70 anos, lutava contra um câncer. Amélia Torres morreu na sexta (29).
Só para chatear
Projeto de Tião Medeiros (PP-PR) inclui a criação do Programa Nacional de Monitoramento da Isonomia Internacional de Políticas Ambientais, a fim de que países metidos a besta, como a França, mintam para impedir acordos sem adotar regras de preservação idênticas às brasileiras.
Missão oficial
Os senadores Sérgio Moro (União-PR), Damares Alves (Rep-DF), Magno Malta (PL-ES) e o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) estiveram na Ucrânia e foram recebidos por Volodymyr Zelensky na sexta (29).
Tigrinho
A apagada CPI das Bets segue caçando pessoas relevantes para depor e gerar holofotes. Como são escassas, apelam a subcelebridades: terça (3) será a vez do ex-BBB Felipe Prior e da influencer Virgínia Fonseca.
Pergunta no câmbio
Se Dólar é problema de milionário, Real é o quê?
PODER SEM PUDOR
Me engana que eu gosto
Ao assumir o governo de Minas Gerais, Francelino Pereira compôs o secretariado com representantes de todas as regiões do Estado. Mas esqueceu do Vale do Jequitinhonha, região que garantia seus sucessivos mandatos de deputado federal. Ao receber uma comissão de políticos queixosos, ele usou sua melhor ele “protestou”: “Ora, vocês não têm um secretário no meu governo, mas são os únicos que têm o governador como representante da região!”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
@diariodopoder
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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