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Economia Cotado para ministro da Fazenda, Haddad afirma em encontro com banqueiros que mexida nos impostos será foco no início do governo Lula

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Para Haddad, reforma tributária e arcabouço fiscal vão melhorar ambiente econômico do País. (Foto: PT/Divulgação)

Cotado para assumir o comando da equipe econômica no próximo governo, o ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad afirmou, durante almoço organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que uma das prioridades do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no início do seu mandato será a reforma tributária. Ele disse ainda que há consenso de que a qualidade das despesas públicas no Brasil “piorou muito”, com um “Orçamento com dificuldade de atingir o objetivo programado”.

“Nós recebemos da parte do presidente Lula o recado de que ele deseja que esse seja um dos primeiros temas de 2023, resolver o problema da reforma tributária para atrair investimentos”, disse Haddad. “O emaranhado de tributos no Brasil, hoje, serve como uma espécie de obstáculo.”

Lula, que ainda se recupera de recente cirurgia, escalou Haddad para representá-lo no encontro, num movimento visto como indicação de que o ex-ministro seria hoje o nome mais forte para assumir o comando da Fazenda. O desejo do novo governo é que Haddad faça uma “dobradinha” com o economista Persio Arida, um dos “pais” do Plano Real, na equipe econômica.

Antes do início dos discursos que precederam o almoço – que reuniu cerca de 350 pessoas em uma casa de eventos no bairro do Itaim, em São Paulo –, Haddad se reuniu, a portas fechadas, com os principais banqueiros do País, acompanhado pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Em seu discurso, Campos Neto chegou a chamar Haddad de “ministro”. Mesmo com a possibilidade de ter se referido a um cargo que Haddad já exerceu, a fala chamou a atenção do público.

Haddad ficou numa mesa em que estavam o presidente-executivo da Febraban, Isaac Sidney; o presidente do Bradesco e do conselho da Febraban, Octávio de Lazari Jr.; e o banqueiro André Esteves, principal acionista do BTG.

Em sua fala, Sidney afirmou que a expectativa é de maior previsibilidade de modo a atrair mais investimentos para País, incluindo “estabilidade macroeconômica”. Disse ainda que o mercado financeiro pode ser uma alavanca para o crescimento do País.

Apesar de ter tocado na questão da reforma tributária, garantindo que o governo está comprometido com sua aprovação, o discurso de Haddad não conseguiu aplacar as resistências do mercado. A fala foi considerada genérica por não ter tratado, de forma mais detalhada, de questões como o risco de estouro nas contas públicas e controle fiscal. Um dos banqueiros presentes disse que o discurso foi protocolar e “sem nada de concreto”.

A avaliação acabou batendo na Bolsa que, logo depois do discurso, acelerou o movimento de queda no dia.

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