Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de dezembro de 2020
No Brasil, imunizante é desenvolvido pelo Instituto Butantã em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Foto: GOVSPA vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac apresentou uma eficácia de 91,25%, informou a Turquia nesta quinta-feira (24). Já o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que a CoronaVac não atingiu 90% de eficácia em testes realizados no Brasil.
“Não atingiu 90% (nos testes no Brasil), mas está em níveis que nos permitem fazer uma redução de impacto de doença na nossa população”, afirmou Gorinchteyn, citando que o percentual é superior ao mínimo de 50% recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A expectativa dos pesquisadores turcos é de que taxa aumente, mas o número depende dos dados finais dos testes. A Turquia é o segundo país a obter resultados da Coronavac. Na quarta-feira (23), autoridades brasileiras disseram que a vacina atingiu o limiar da eficácia, embora os dados não tenham sido divulgados.
De acordo com os pesquisadores turcos, que fazem parte de um conselho científico governamental, nenhum grande sintoma foi detectado durante os testes, exceto por uma pessoa que apresentou reação alérgica.
A Turquia acertou a compra de 50 milhões de doses da Coronavac até o dia 11 de dezembro, mas a entrega está atrasada. Conforme o ministro da Saúde, Fahrettin Koca, as vacinas chegarão ao país na próxima segunda-feira (28), e serão usadas na imunização de 9 milhões de pessoas do primeiro grupo prioritário, começando por profissionais de saúde.
O governo de São Paulo e o Instituto Butantã, que desenvolve a vacina em parceria com a Sinovac, na quarta-feira, adiaram a divulgação oficial. Foi a quarta vez em que os dados foram postergados. Autoridades locais disseram que a vacina atingiu o mínimo de eficácia exigida, mas foram divulgados os dados.
A Sinovac requisitou os dados dos testes no Brasil para análises, com um novo prazo de 15 dias, informo uo Instituto Butantã. Os testes de fase 3 da Coronavac eram realizados de forma simultânea no Brasil, Turquia e Indonésia. Membros do governo paulista disseram que os dados de eficácia verificados entre os voluntários brasileiros foram diferentes dos vistos nos testes de outros países.
Lote de 5,5 milhões de doses chega a São Paulo
Com 5,5 milhões de doses, o quarto lote de vacinas contra a Covid-19 vindo da China chegou ao Estado de São Paulo nesta quinta-feira (24). O avião com as doses de CoronaVac pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, às 5h30.
A carga recebida nesta véspera de Natal é composta por 2,1 milhões de doses já prontas para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses que serão envasadas no complexo fabril do Butantan, na capital paulista.
Mais dois carregamentos devem desembarcar no País na próxima semana, nos dias 28 e 30 de dezembro, totalizando 10,8 milhões de doses em solo brasileiro ainda em 2020. O início do Plano Estadual de Imunização segue previsto para o dia 25 de janeiro.
A parceria entre o Butantan e a biofarmacêutica Sinovac Biotech foi firmada no dia 10 de junho.
As três entregas anteriores do imunizante ocorreram no Aeroporto de Cumbica, na cidade de Guarulhos, em São Paulo. O primeiro lote, com 120 mil doses, chegou ao Brasil no dia 19 de novembro. O segundo, com 600 litros a granel do insumo, correspondente a 1 milhão de doses, desembarcou em 3 de dezembro. Já a terceira remessa, com 2 milhões de doses, foi recebida no último dia 18.