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#coronavírus Covid em alta: o que é comprovado e eficaz para proteção e o que já se sabe que não ajuda na luta contra o vírus

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Máscara PFF2 ou N95 é ideal para combater o coronavírus. (Foto: Getty Images)

Após dois anos e meio de pandemia, a ciência evoluiu no conhecimento do SARS-CoV-2, o vírus da covid. Alguns conceitos foram derrubados, como a possibilidade de transmissão por objetos e superfícies.

Outras certezas se consolidaram, como a importância do uso de máscaras, o fato de transmissão ocorrer prioritariamente pelo ar e o protagonismo das vacinas no bloqueio de mortes e casos de covid.

Agora, enquanto os casos passam por novo repique e autoridades alertam para a necessidade de aumentar novamente a proteção, listamos algumas atitudes e medidas de proteção que são consenso na ciência e outras que não fazem mais sentido:

Comprovado e efetivo️

– A transmissão ocorre pelo ar. As partículas (aerossóis) são expelidas quando falamos, espirramos, tossimos ou respiramos.

– A máscara PFF2 (ou N95) é a mais eficiente e capaz de evitar contaminação. A máscara cirúrgica vem em segundo lugar. O segredo, no entanto, é saber USAR a máscara de forma correta.

– As vacinas são a maior proteção contra a Covid. Elas não evitam o risco de infecção, mas mantêm uma proteção muito importante contra doença grave, internações e mortes.

– Já existem remédios que ajudam no tratamento pós-infecção para impedir o agravamento de casos.

Deixe de lado

– Não há necessidade de limpar objetos e compras. O risco de transmissão por superfícies é quase zero. As gotículas são menos importantes do que os aerossóis.

– Máscaras caseiras ou de pano devem ser aposentadas. Mesmo quando ela é nova, já tem uma capacidade menor de proteção.

– Cloroquina e ivermectina não funcionam. Sociedades médicas, OMS e outras organizações são contra a prescrição dos medicamentos.

– Termômetro para medir temperatura e usar luva para se servir no restaurante não evitam ou ajudam na prevenção da covid.

Uso ineficaz

Nos primeiros meses da pandemia havia a hipótese — investigada em estudos clínicos — de que a cloroquina ou a hidroxicloroquina poderiam ser eficazes no tratamento da covid, principalmente se utilizados junto com a azitromicina, um antibiótico.

Com o avanço das pesquisas, ainda em maio de 2020 já havia posicionamento da OMS alertando contra o uso dos medicamentos na pandemia. A FDA (Food and Drug Administration, espécie de Anvisa americana) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) logo na sequência desaconselharam o uso.

Sobre a ivermectina, que também fez parte do chamado ‘kit Covid’, um estudo feito no Brasil e publicado no New England Journal of Medicine constatou que o fármaco utilizado para doenças parasitárias NÃO reduziu o risco de hospitalização por covid. Os pesquisadores analisaram 1.358 pacientes com risco de doença grave em Minas Gerais.

A ineficácia do “kit Covid” já foi comprovada em vários estudos. No entanto, já existem medicamentos que funcionam no tratamento da doença. É importante destacar que até agora nenhum remédio se mostrou eficaz para prevenir infecção por coronavírus. E vários dos tratamentos disponíveis se referem a medicamentos de uso restrito a hospitais. Também vale lembrar que nenhum medicamento substitui a vacina.

No Brasil, os remédios aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são o Remdesivir; Sotrovimabe; Baricitinibe; Evusheld®️ (cilgavimabe + tixagevimabe); Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), e Molnupiravir.

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