O Brasil recebeu o primeiro lote com 1,4 milhão de doses da vacinas bivalentes contra o coronavírus. Os imunizantes “reforçados” são fabricados pela Pfizer e demonstraram eficácia contra a variante Ômicron original e a cepa BA1.
A remessa entregue nesta sexta (9) ainda será analisada e avaliada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Segundo o Ministério da Saúde, as orientações sobre distribuição, aplicação e público-alvo dessas doses serão informadas por meio de uma nota técnica a ser emitida nos próximos dias.
Para identificação, os frascos das vacinas bivalentes têm tampa na cor cinza e cada um tem o equivalente a seis doses. Ainda segundo o ministério, o governo federal firmou um contrato com a farmacêutica para a entrega de todas as vacinas disponíveis, com as atualizações, e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“As vacinas bivalentes oferecem proteção contra mais de uma cepa do vírus e devem expandir a resposta imune. Será um importante reforço para nossa campanha de vacinação”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em comunicado.
A pasta ainda reforçou em nota que as vacinas já disponíveis no País são eficazes e protegem contra o coronavírus, evitando casos graves e óbitos. “Os brasileiros devem procurar os postos de vacinação mesmo após o prazo para a dose de reforço”, alertou.
De acordo com a decisão da Anvisa, as vacinas bivalentes podem ser aplicadas no Brasil como dose de reforço na população acima de 12 anos. O imunizante será identificado pelo frasco com tampa na cor cinza. A autorização é para uso emergencial.
Um estudo da Pfizer apontou que as vacinas bivalentes mostraram um aumento substancial nos níveis de anticorpos neutralizantes contra as subvariantes em adultos após uma semana da aplicação.
Próximas entregas
A Pfizer pretende entregar mais doses até esta segunda-feira, totalizando cerca de 4,5 milhões. Até o dia 19 de dezembro, mais 4,4 milhões de imunizantes devem chegar ao país, somando por volta de 8,9 milhões.
Ainda segundo a Pfizer, é esperada a entrega de doses da outra atualização do imunizante, adaptada para as subvariantes BA.4 e BA.5, ao longo de dois meses. Serão cerca de 27,4 milhões de vacinas.
“Estamos em um novo momento da pandemia, que segue em curso em todo o mundo, com mutações constantes do vírus e aumento de casos pelas novas variantes de preocupação. Diante disso, enfatizamos a importância de manter o esquema vacinal atualizado, incluindo as doses de reforço”, disse Adriana Polycarpo Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil.