Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de janeiro de 2023
O problema da vacina bivalente contra a covid-19 ainda “é a pouca duração da proteção”, segundo a médica infectologista do Instituto Emílio Ribas, Rosana Richtmann. Ela ressalta a importância da oferta desse tipo de imunizante pelo Ministério da Saúde e da necessidade da população buscar a vacinação a partir de fevereiro. A segunda geração dos imunizantes oferece uma proteção extra contra a ômicron e suas subvariantes.
Na avaliação da especialista, o governo acerta ao priorizar a população mais vulnerável, ainda que a aplicação se inicie depois do carnaval e do início das férias escolares – quando pode haver maior contaminação.
“O ideal seria aplicar a vacina bivalente antes do carnaval, mas é preciso logística, campanha nacional para informar a população. Melhor do que isso é, quem quiser, aplicar hoje a dose disponível, monovalente, que já está no posto de saúde. É um grande avanço, ainda que o problema continue sendo a pouca duração da proteção do imunizante, de alguns meses”, explica.
Doses de reforço
O Ministério da Saúde pretende começar a aplicar as doses de reforço com a vacina bivalente para imunização contra a covid-19 a partir do dia 27 de fevereiro. Essas vacinas aumentam a imunidade contra o vírus da cepa original, bem como da variante Ômicron. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (26) durante a primeira reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Na primeira fase, a campanha terá foco em pessoas com idade acima de 70 anos, imunocomprometidos e moradores de comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas. Na sequência (Fase 2, com data ainda a ser definida), a campanha será voltada a pessoas com idade entre 60 e 69 anos. Gestantes e puérperas serão o foco da Fase 3; e profissionais de saúde serão o foco da quarta fase da campanha.
Durante a reunião com os integrantes da comissão, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que a nova gestão da pasta adotará uma política de “cuidado e construção coletiva” e que, nesse sentido, será fundamental o diálogo entre União, estados e municípios. “Hoje, temos alguns desafios muito específicos que representam o retorno de uma pactuação em alto nível, como devem ser as nossas relações”, disse.
“Destaco entre as medidas iniciais, a Política Nacional de Imunização, a ser apresentada; um plano nacional para redução de filas na atenção especializada; a recuperação da Farmácia Popular; a valorização da atenção básica; o provimento, qualificação e formação profissional; e a retomada em novas bases do Programa Mais Médicos”, disse a ministra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Brasil.