Os senadores da CPI do Futebol aprovaram nesta quinta-feira (20) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, e do empresário Wagner Abrahão. Em abril, Del Nero pagou 5,2 milhões de reais por um apartamento de mais de 300 metros quadrados de uma empresa dos filhos do empresário em um dos endereços mais nobres do Rio. Abrahão morava na cobertura.
O empresário é parceiro comercial da CBF e dono do Grupo Águia, empresa que transporta a Seleção Brasileira e os clubes da série C e D do Campeonato Brasileiro. Abrahão tem relação antiga com a cúpula do poder na CBF. Em 2012, quatro empresas de sua propriedade foram indicadas pela confederação como beneficiárias de contrato de patrocínio da seleção com a TAM. Pelo documento, a CBF apontou as empresas do Grupo Águia para receber o valor das cotas mensais do patrocínio.
Abrahão é amigo próximo de Teixeira. Viajou de jatinho com o ex-cartola para Miami, nos Estados Unidos, pouco antes de sua renúncia, em março de 2012. Teixeira comandava a entidade na época em que o acordo foi assinado.
Segundo o contrato, a TAM pagava 7 milhões de dólares por ano à confederação para patrocinar a Seleção Brasileira. O acordo foi rompido pela companhia aérea após o escândalo, em outubro de 2012. (Folhapress)