O requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as acusações de abuso de autoridade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou nesse domingo (8) aos 284 dias parado na gaveta da Câmara dos Deputados. O pedido de instalação da CPI soma 176 assinaturas, numero de sobra para instalar a CPI, e foi apresentado à Mesa Diretora pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) em novembro de 2023.
Novo pedido
Gustavo Gayer (PL-GO) protocolou novo pedido de CPI do Abuso do STF no último dia 29 de agosto, após as novas denúncias.
“Vaza jato’” inspirou
Novos pedidos de CPI e impeachment foram protocolados após a “vaza jato” revelar os métodos de Alexandre de Moraes contra adversários.
Sempre tem mais
Segundo Gayer, é preciso investigar “abusos aumentam diuturnamente” e as denúncias especialmente em torno do “inquérito das fake news”.
Meio milhão a favor
O abaixo-assinado promovido pelo partido Novo pela instalação da CPI do Abuso de Autoridade do STF/TSE tem mais de 535 mil assinaturas.
Apoio a impeachment é dos maiores da História
A adesão ao abaixo-assinado na internet em apoio ao impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ultrapassou a marca de 1,4 milhão de assinaturas e já está entre os maiores da História da plataforma de petições públicas. O abaixo-assinado foi aberto na plataforma Change.org. O pedido contra a então presidente Dilma Rousseff (PT) atingiu 2,2 milhão de assinaturas entre 2015 e 2016. Mas ainda não bateu o colega Gilmar Mendes, atual decano do STF, que passou das 1,7 milhão de assinaturas em 2017.
Recordista no Senado
Outro velho conhecido de pedidos de impeachment, Renan Calheiros foi alvo de 1,6 milhão de assinaturas na plataforma Avaaz, em 2013.
Na Corte
Passou das 500 mil adesões o abaixo-assinado pedindo impeachments de ministros do STF como Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
Comparativos
Na plataforma Avaaz, o impeachment de Dilma acumulou 1,5 milhão de assinaturas, em 2015. Contra Marco Feliciano foram 450 mil, em 2013.
Governo lento e omisso
O senador Marcos Rogério (PL-RO) criticou demora de Lula para tomar providência no escândalo sexual envolvendo Silvio Almeida: “Quando é com aliados, o governo é lento e omisso”, concluiu o parlamentar.
E subindo
O placar do processo de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, no Senado, inicia esta semana com 30 votos favoráveis, 16 contrários e 35 como “indefinidos”.
Tudo parado
A oposição anunciou que entra em obstrução a partir desta segunda-feira (9) até que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, autorize a abertura do processo de impeachment de Alexandre de Moraes.
Pouco trânsito
Renato Casagrande (PSB-ES) se tornou, há dias, o 9º governador a ser recebido pelo presidente Lula (PT) para uma reunião privativa, no Palácio do Planalto, este ano. Os demais 18 continuam ignorados.
Pais polarizado
A maior parte do eleitorado da capital paulista aprova o governo Lula (PT); 51%, segundo o Paraná Pesquisas (TSE nºSP-03775/24). A rejeição à administração petista é de 46% e 2,9% não sabem/opinaram.
Autofagia à esquerda
Após demitir G. Dias, general flagrado papeando com “manifestantes” no Planalto, em 8 de janeiro, as ministras Daniela Carneiro (Turismo) e Ana Moser (Esporte), Lula demitiu um negro do seu ministério, Silvio Almeida.
Democracia em jogo
Marcos Rogério (PL-RO) afirma que a democracia está em jogo ao defender o impeachment de Alexandre de Moraes (STF). Diz que esta é uma resposta clara à sociedade por integridade e justiça.
Concentra no esforço
O Congresso Nacional realiza inicia hoje a segunda semana do “esforço concentrado” dos parlamentares durante as eleições municipais. Câmara e Senado vão realizar sessões presenciais até quarta-feira (11).
Pensando bem…
…a importunação sexual do ex-ministro fez todos esquecerem, por instantes, o País sob censura e o caso da influencer amiga de Lula.
PODER SEM PUDOR
Bom negócio
O ex-ministro Gustavo Krause conta em seu livro “Poder Humor” que Ibrahim Abi-Ackel era ministro da Justiça do general João Figueiredo quando recebeu a atriz Ruth Escobar. Ele tentava fazê-la desistir de montar peças teatrais em presídios e argumentou: “Penso em sua segurança. Mesmo que agora não haja problema, dentro de dez anos um desses bandidos, já em liberdade, pode até estuprá-la.” Determinada a levar adiante o projeto, Ruth Escobar ironizou a possível ameaça, arrancando risadas: “Pois, ministro, um estupro, se for daqui a dez anos, até que pode ser um bom negócio…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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